A Polícia Federal aguarda novos depoimentos do ex-policial militar Ronnie Lessa e do ex-bombeiro Maxwell Simões Correa, conhecido como Suel, para concluir o inquérito sobre as mortes da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Ambos foram assassinados em março de 2018.
O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, já disse à CNN que a expectativa é encerrar o caso até o fim de abril.
Segundo relatos feitos por envolvidos na investigação, tanto Correa quanto Lessa têm colaborado, mas ainda não apontaram de maneira clara um mandante do crime. O esforço tem sido para que ambos fechem delações premiadas.
Lessa está preso em um presídio federal. A negociação por uma delação premiada ocorre desde o ano passado. Segundo apurou a CNN, ele está disposto a colaborar, mas ainda não teria fechado um acordo formal.
A mesma tentativa tem sido feita, com a ajuda da Polícia Penal Federal, com Correa, que está em um presídio na capital federal. O ex-bombeiro sinalizou que gostaria de depor, mas a negociação não avançou.
Em dezembro do ano passado, o então ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse que o caso seria “integralmente elucidado” e “em breve”.
Em fevereiro, a Polícia Federal abriu novo inquérito para investigar o caso por determinação de Dino. O ministro se reuniu com as autoridades do Rio de Janeiro, sobretudo do Ministério Público do Rio de Janeiro. Houve a conclusão de que uma colaboração seria bem-vinda.
A primeira delação no caso foi de Élcio de Queiroz, que confessou o crime e implicou diretamente Lessa e Maxwell.