Ao longo do vídeo, uma multidão de homens aparece apenas de cueca. Em alguns trechos, os detidos estão sentados no chão com as mãos amarradas nas costas, alguns vendados, e em fila única, enquanto os soldados os inspecionam.
Trechos também mostram mulheres e outras crianças detidas. Em um deles, três mulheres totalmente vestidas são vistas com os olhos vendados e as mãos amarradas nas costas, sentadas na grama em frente a uma trave de futebol, que sustenta uma bandeira de Israel.
Homens palestinos nus e vendados – com as mãos também amarradas nas costas – aparecem sentados ao lado das mulheres.
Veículos militares e escavadeiras também aparecem.
O vídeo original foi publicado em 24 de dezembro no YouTube por Yosee Gamzoo Letova, fotógrafo e artista.
O Monitor Euro-Mediterrânico dos Direitos Humanos, sem fins lucrativos, afirma ter recebido informações de que o exército israelense tem detido centenas de palestinos do bairro Sheikh Radwan, entre eles dezenas de mulheres.
“Homens palestinos, incluindo crianças de até 10 anos de idade e idosos com mais de 70 anos, foram forçados a tirar todas as roupas, exceto a roupa íntima, e a fazer fila de maneira humilhante diante das mulheres detidas no mesmo estádio. ”, disse a organização, que apela à comunidade internacional para que investigue as imagens.
Pelo menos 20.915 pessoas morreram em Gaza desde o início da guerra com Israel, em 7 de outubro, segundo o Ministério da Saúde controlado pelo Hamas. Outras cerca de 55 mil ficaram feridas.
Segundo Izzat Al-Rishq, membro do gabinete político do grupo, o Hamas não voltará às negociações com Israel “sem um fim abrangente da agressão”, .
“A liderança do Hamas quer o fim permanente das agressões e massacres contra o nosso povo. O nosso povo quer ver esta agressão completamente interrompida e não quer esperar por uma trégua temporária ou parcial durante um curto período, após o qual a agressão e o terrorismo podem continuar fatalmente”, lê-se na declaração de Al-Rishq.
Entretanto, Israel prometeu continuar o seu cerco – que incluiu bombardeamentos aéreos intensivos e uma invasão terrestre sustentada – até que o Hamas seja erradicado. Herzi Halevi, chefe do Estado-Maior das FDI, disse na terça-feira que a campanha continuaria por “mais muitos meses”.