O Ibovespa atingiu o maior patamar da história e o dólar recuou nesta quinta-feira (14), em meio às expectativas de que os juros dos EUA devem começar a cair no próximo ano. No Brasil, o Banco Central (BC) sinalizou continuidade no ritmo de cortes da Selic.
O principal índice da bolsa brasileira fechou com valorização de 1,06%, aos 130.842 pontos. Mais cedo, o pregão chegou a superar a marca dos 131 mil pontos.
Antes, o melhor resultado havia sido registrado em 7 de junho de 2021, quando o pregão fechou aos 130.776 pontos.
Seguindo a queda das Treasuries — papéis do título dos EUA —, o dólar fechou com perda de 0,10%, negociado a R$ 4,915
Na ponta positiva do Ibovespa, destaque para as ações da Petrobras (PETR4) que subiram apoiadas pela alta dos preços do petróleo no exterior.
Os papéis da Vale (VALE3) também foram negociados em alta, mesmo com a queda dos futuros do minério de ferro na China.
Decisões de juros pelo mundo
Conforme esperado, o Federal Reserve decidiu pela manutenção das taxas entre 5,25% e 5,50% ao ano, o maior nível em 22 anos. Dezessete das 19 autoridades do BC dos EUA projetaram juros mais baixos no ano que vem e isso levou os mercados a apostarem em cortes já em março.
No cenário doméstico, o Banco Central brasileiro decidiu fazer um novo corte de 0,5 p.p. na taxa Selic, que agora está em 11,75% ao ano. Em comunicado, os diretores do Comitê de Política Monetária projetam cortes na mesma intensidades para as próximas reuniões.
Hoje foi a vez do Banco Central Europeu definir os rumos da política monetária. A entidade deixou as taxas de juros inalteradas e sinalizou o fim do último esquema de compra de título.
Neste ano, o BCE elevou as taxas de juros a um nível recorde, mas a divulgação de dados benignos de inflação nos últimos meses praticamente descartaram um novo aperto monetário.
Avanço das pautas econômicas
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comentou a decisão e disse que o corte é motivo de comemoração. Segundo ele, os indicadores de inflação mostram que a política econômica está no caminho certo.
Em Brasília, o Congresso derrubou o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a desoneração da folha de pagamento. Segundo Haddad, o governo vai judicializar a medida e deve encaminhar uma alternativa aos parlamentares.
Também na pauta política, a comissão mista que discute a medida provisória que muda as regras de tributação dos benefícios fiscais de Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) aprovou um parecer favorável à proposta.
O texto ainda será votado nos plenários da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.