A Fundação Garibaldi Brasil, responsável pela política cultural na capital acreana, informou que não irá mais seguir o cronograma já estabelecido na liberação de recursos da Lei Paulo Gustavo e que dinheiro mesmo na conta dos responsáveis pelos projetos aprovados só a partir da segunda quinzena de fevereiro.
Conforme as explicações da Fundação Garibaldi Brasil, o motivo é o final do exercício financeiro de 2023, já que todos os processos de pagamento dos projetos aprovados serão analisados individualmente e de forma minuciosa.
A decisão da FGB revoltou alguns fazedores de cultura que estão com projetos aprovados e contando com o dinheiro para agora como estava previsto. Muitos já tem cronograma para janeiro e por conta da decisão da prefeitura de Rio Branco vão precisar muito todo o planejado.
É o caso de Patrícia Helena, que faz parte da Marujada Brig Esperança e foi contemplada com um projeto. “Isso vai atrapalhar demais a gente, já que fomos aprovados para executar agora em janeiro. O projeto conta com oficinas, inicia agora no final do ano e termina com o começo do carnaval. Foi uma notícia bem impactante para nós e agora veio um balde de água para acabar com os nossos planos. Foi muita gente envolvida para que esse projeto desse certo e em nome da Marujada deixo o meu repúdio por essa situação”, afirma.
Outro proponente de projeto que criticou a decisão da prefeitura foi Francisco Moreira. “Nós fizemos um projeto na correria grande, virei a noite e porque não avisaram na Conferência Municipal que ia ter esse atraso? E um absurdo porque é um dinheiro que já está na conta da prefeitura. Quem tem projeto aprovado para o início do ano vai ficar prejudicado. A minha pré-produção começa em janeiro e tenho quase 12 pessoas trabalhando nesse projeto e isso é muito difícil”, diz.