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Dezembro Laranja: saiba como identificar sinais de câncer de pele e veja tratamento

A campanha Dezembro Laranja, em conjunto com a chegada do verão e a consequentemente maior exposição ao sol, ocorre para conscientizar as pessoas sobre o câncer de pele. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), este tipo da doença é o mais frequente no Brasil e corresponde a 30% dos tumores malignos registrados no país.


Dados do INCA ainda estimam que, até 2025, o Brasil deverá registrar 704 mil novos casos de câncer de pele por ano. De acordo com Rodrigo Munhoz, oncologista do Hospital Sírio-Libanês, a identificação precoce da doença aumenta absurdamente sua chance de cura.

Atualmente, existem muitas ferramentas médicas para fazer isso, mas é importante entender os sinais da doença que podem ser percebidos pelo próprio paciente.


O profissional explica que existem dois grandes grupos para classificar o câncer de pele. São eles:


  • •Melanoma: menos comum. Pode ter comportamento mais agressivo, maior risco de disseminação e criação metástases, ou seja, acabar comprometendo outros órgãos.
  • •Não melanona: mais comuns. Tem menor risco de complicação e maior chance de cura.

Abaixo, o profissional responde as principais dúvidas sobre o câncer de pele.


Quais são os sinais iniciais do câncer de pele?

O sintomas iniciais irão depender do tipo de câncer de pele. Tanto o melanoma quanto o não melanoma podem surgir em pintas pré-existentes na pele, assim como em áreas “novas” do corpo, enquanto. “As células saudáveis vão adquirindo mutações até se transformar em um tumor”, explica Rodrigo.


No entanto, para o melanoma, há um método clássico para ajudar na identificação precoce. É o método ADCDE, como ressalta o médico.


  • •A: Assimetria
  • •B: Bordas irregulares
  • •C: Coloração heterogênea
  • •D: Dimensões maiores do que 5 a 6 milímetros
  • •E: Evolução ou elevação

Já para o não melanoma, se manifestará em áreas que foram cronicamente danificadas pelo sol.


O médico alerta ainda: “Toda lesão de pele que não se cicatriza, que coça muito, tem ardência deve ser investigada”. Nessas condições, então, torna-se necessário consultar um especialista.


Como se dá o diagnóstico de câncer de pele?

É importante que os pacientes se atentem aos sinais citados acima, mas o diagnóstico é feito através de uma ida a um médico dermatologista ou oncologista. O médico faz um exame físico, usando uma ferramenta chamada dermatoscópio, uma lupa que avalia melhor a lesão. Em alguns casos, é possível tirar uma conclusão através disso; já em outros é necessário uma biópsia, procedimento para retira um pedaço da lesão, que será encaminhado para um patologista e, então, diagnosticado.


Novas ferramentas para diagnóstico de câncer de pele

Segundo Rodrigo, ainda existem outras ferramentas novas no mercado para ajudar na identificação do tumor. Existe hoje em dia um mapeamento digital, onde os médicos podem tirar fotos do desenvolvimento do suposto tumor e comparar no banco de dados. Tal ferramenta aumenta a acurácia do diagnóstico.


O profissional ainda cita o “ultrassom dermatológico”, a “tomografia de coerência óptica” e “microscopia confocal”.


Um novo estudo conduzido pela Universidade de Gotemburgo, na Suécia, ainda mostrou que analisar a estrutura das moléculas de açúcar das células cancerígenas pode ajudar a determinar diferentes tipos de câncer no futuro, incluindo o de pele


Os pesquisadores identificaram ligações entre a estrutura do glicano presente nas células cancerígenas e o tipo de câncer. Foram analisados dados de cerca de 220 pacientes com 11 tipos de câncer diferentes.


Tem como prevenir o câncer de pele? De que forma?

Existem diferentes formas de prevenção da doença. A mais comum é a fotoproteção, que consiste em proteger a pele em relação aos raios ultravioletas. O método é fácil, necessitando do uso do protetor solar diariamente, além de minimizar a exploração ao sol.


De acordo com o profissional, ainda existem vitaminas que podem ser usadas. Ele destaca a “nicotinamida”, usada em quem já teve o diagnóstico de tumores de pele, que pode reduzir a formação de novos tumores. No entanto, não é 100% eficaz.


Rodrigo ainda destaca o acompanhamento dermatológico constante. “Não é questão de prevenir, é questão de um diagnóstico precoce”, afirma.


Qual o tratamento do câncer de pele?

Se a doença é mais precoce, o tratamento é cirúrgico, com altas chances de cura. Se a doença é mais avançada, será necessário outras ferramentas, como a imunoterapia, onde se estimula que as próprias células do corpo combatam o câncer, ou a terapia-lavo, tratamento do câncer que usa drogas para atacar especificamente as células cancerígenas, diz Rodrigo.


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