A Polícia Federal prendeu na noite de domingo, no Rio de Janeiro, mais um suspeito de ligação com o grupo militante libanês Hezbollah, levando para três o total de presos suspeitos de envolvimento com o grupo. O homem, que ainda não teve a identidade revelada, foi preso em Copacabana.
Na quarta-feira da semana passada (8), a PF prendeu duas pessoas e cumpriu 11 mandados de busca em Brasília, São Paulo e Minas Gerais. Segundo a investigação, os brasileiros preparavam atos de terrorismo no Brasil, com focos em ataques a prédios da comunidade judaica.
Um dos presos de São Paulo foi detido ao desembarcar de uma viagem ao Líbano. A PF acredita que ele chegou com informações para repassar ao comparsa e praticar os ataques.
Lucas Passos Lima e Jean Carlos de Souza são suspeitos de envolvimento com o Hezbollah, mas negaram ligação com o grupo radical islâmico. A Justiça Federal de São Paulo manteve a prisão dos dois. Eles negaram ligação com o grupo radical islâmico.
A PF explicou que o objetivo dessa operação, batizada de “Trapiche”, é também obter provas de possível recrutamento de brasileiros para a prática de atos extremistas.
O que é o Hezbollah?
O Hezbollah é uma organização política e paramilitar fundamentalista (xiita) islâmica com uma das forças paramilitares mais poderosas do Oriente Médio.
O grupo tem sua base principal na fronteira entre Líbano e Israel e pode se tornar uma ameaça imprevisível durante a guerra de Israel contra o Hamas, na Faixa de Gaza. Desde o início do conflito, Israel e Hezbollah têm trocado ataques menores.
O armamento avançado do grupo e o apoio do Irã torna o Hezbollah uma ameaça maior do que outros grupos radicais, como o Hamas.
Em quais estados aconteceram as prisões?
Em Minas Gerais foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão; no Distrito Federal, três; e, em São Paulo, um de busca e dois de prisão temporária.
Um dos presos de São Paulo foi detido ao desembarcar de uma viagem ao Líbano. A PF acredita que ele chegou com informações para repassar ao comparsa e praticar os ataques.
Por quais crimes os investigados podem responder?
Pela legislação, os recrutadores e os recrutados devem responder pelos crimes de constituir ou integrar organizações terroristas e de realizar atos preparatórios de terrorismo, cujas penas máximas, se somadas, chegam a 15 anos e 6 meses de reclusão.
Os crimes previstos na Lei de Terrorismo são equiparados a hediondos, considerados inafiançáveis, insuscetíveis de graça, anistia ou indulto, e o cumprimento da pena para esses crimes se dá inicialmente em regime fechado, independentemente de trânsito em julgado da condenação.
Em atualização.