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Mais da metade da população de Rio Branco está insatisfeita com a segurança

O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) publicou o resultado de uma pesquisa que buscar compreender a sensação de insegurança da população da capital acreana no período de 2020 a 2022.


Foram entrevistadas 385 pessoas, em que 206 serão do gênero feminino, pois as mulheres representam 53.6% dos entrevistados e 179 do gênero masculino, que correspondem a 46,6%. A amostra foi obtida considerando um nível de confiança de 95% e margem de erro de 5%.


Alguns dados chamam a atenção. Um deles é que a grande maioria dos moradores da capital acreana se sentem inseguras. O quantitativo de 31,7% disseram que estão totalmente insatisfeitos com a atuação dos órgãos de segurança pública, 20,3% estão insatisfeitos. Somando os valores dos totalmente insatisfeitos com os insatisfeitos têm-se 52% das pessoas insatisfeitas com a segurança. As pessoas que são neutras representam 27,3% da amostra. Os satisfeitos abarcam apenas 8,1% e os totalmente satisfeitos somam 12,6% dos entrevistados. Considerando os totalmente satisfeitos com os satisfeitos, pode-se considerar que 20,7% das pessoas estão satisfeitas com a segurança pública em Rio Branco.


 


Quanto mais pobre, maior a chance de ser vítima de roubo ou furto


 


Um outro dado interessante da pesquisa é que ao contrário do que muito se pensa, apesar de quem tem uma renda maior ser um alvo em potencial maior, quem é vítima mesmo de roubos e furtos é que tem uma renda menor.


A renda possui um efeito ambíguo: ao mesmo tempo, em que a vítima se torna mais economicamente atrativa, a mesma possui meios financeiros para se proteger de possíveis crimes. Sendo assim, quanto menor a renda das pessoas, maiores as chances de serem vítimas de roubo e furto. Os resultados mostram que das pessoas que sofreram algum tipo de crime, 19,6% tinham renda familiar menor que um salário mínimo e 46,1% a renda familiar estava entre um e dois salários. Se for considerada a renda entre meio salário e dois salários mínimos, a porcentagem é de 65,7% das vítimas.


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