A Justiça Federal de São Paulo manteve a prisão de Lucas Passos Lima e Jean Carlos de Souza, presos nesta semana durante a Operação Trapiche, da Polícia Federal. Eles são suspeitos de envolvimento com o Hezbollah. Os dois negaram ligação com o grupo radical islâmico.
Durante a audiência de custódia, realizada na tarde de ontem, Lucas negou qualquer relação com o Hezbollah. Preso no Aeroporto de Guarulhos quando voltava ao Brasil vindo do Líbano, ele disse que estava no país do Oriente Médio por conta de “propostas para crescimento de negócios”.
“Não tem como fazer isso. Você sair de um lugar para fazer parte de um grupo que está em guerra”.
Outro ouvido durante a audiência de custódia, Jean Carlos disse que é captador de negócios, que viaja bastante e está acostumado a ser parado pela Polícia Federal na busca por tráfico de drogas.
“É um absurdo isso. Eu não sou terrorista”. Ele ressaltou ainda que está disposto a prestar qualquer esclarecimento.
Buscas por novo suspeito
A Polícia Federal segue buscando mais nomes suspeitos de ligação com o Hezbollah. Nesta sexta-feira, 10, mais um mandado de busca e apreensão contra mais um suspeito de ter ligações com o grupo radical islâmico Hezbollah foi cumprido.
As buscas ocorreram em Goiás, onde o suspeito também foi ouvido. Trata-se do sexto alvo da Operação Trapiche, deflagrada na quarta-feira (8) para desarticular um grupo que planejava atos de terrorismo no Brasil.