Bolsa tem melhor mês em três anos; dólar fecha em R$ 4,91

O dólar fechou em alta nesta quinta-feira (30), na medida em que investidores repercutiam novos dados de inflação nos Estados Unidos . O movimento também veio na esteira da valorização da moeda norte-americana no exterior e refletiu a maior demanda, comum no final do ano.


Ibovespa, principal índice acionário, da bolsa de valores brasileira, a B3, encerrou no azul e fechou novembro com o melhor desempenho mensal em três anos.


O mercado ainda avaliou a divulgação da taxa de desemprego no Brasil no trimestre móvel terminado em outubro e a recente aprovação do projeto de lei que permite a taxação de fundos exclusivos e offshores no Brasil.


Veja abaixo o dia nos mercados.


Dólar

 


Ao final da sessão, o dólar subiu 0,57%, cotado a R$ 4,9152. Na máxima do dia, chegou a alcançar os R$ 4,9453. Veja mais cotações.


No dia anterior, a moeda norte-americana fechou em alta de 0,32%, vendida a R$ 4,8875. Com o resultado, passou a acumular:


  • •alta de 0,34% na semana;
  • •queda de 2,49% no mês;
  • •recuo de 6,87% no ano.


Já o Ibovespa encerrou com alta de 0,92%, aos 127.331 pontos, no maior patamar desde julho de 2021.


Os ganhos do índice foram impulsionados pela valorização das “blue chips”, como são conhecidas as ações com grande liquidez na bolsa de valores.


Com isso, o índice encerrou novembro com o melhor desempenho mensal desde igual mês de 2020, quando subiu 15,90%.


Na véspera, o índice fechou em queda de 0,29%, aos 126.166 pontos. Com o resultado de hoje, passou a acumular ganhos de:


  • •1,45% na semana;
  • •12,54% no mês;
  • •16,04% no ano.

O que está mexendo com os mercados?

 


O principal destaque desta quinta-feira (30) ficou com o índice de preços PCE, que é a medida de inflação preferida pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) para avaliar a trajetória das taxas de juros norte-americanas.


O núcleo do indicador, que mede a variação dos preços dos bens e serviços para consumidores finais, excluindo alimentos e energia, subiu 0,2% em outubro ante setembro, em linha com as projeções. O indicador cheio, por sua vez, ficou inalterado de um mês para o outro.


Os números reforçaram a perspectiva de que o Fed deve manter os juros inalterados por mais três reuniões antes de começar a cortá-los. Atualmente, as taxas na maior economia do mundo estão entre 5,25% e 5,50% ao ano.


Já no noticiário doméstico, o mercado acompanhou a divulgação da taxa de desemprego brasileira, que caiu para 7,6%, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua. A queda veio maior do que o esperado no trimestre móvel terminado em outubro, que previa uma taxa a 7,7%.


Em relação ao trimestre imediatamente anterior, entre maio e julho, o período traz redução de 0,7 ponto percentual (7,9%) na taxa de desocupação. No mesmo trimestre de 2022, a taxa era de 8,3%. A taxa trimestral é a menor desde fevereiro de 2015, quando chegou a 7,5%.


Com os resultados deste trimestre, o número absoluto de desocupados teve baixa de 3,1% contra o trimestre anterior, chegando a 8,3 milhões de pessoas. O país chegou ao menor contingente de desocupados em números absolutos desde o trimestre móvel encerrado em abril de 2015.


Outro ponto que também ficou no radar é a aprovação feita na véspera, pelo Senado, do projeto de lei que prevê a taxação de offshores (investimentos no exterior) e dos fundos exclusivos (fundos de investimento personalizados para pessoas de alta renda), que segue agora para a sanção presidencial.


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