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Metralhadora, carro em desmanche: suspeito da morte de Marielle Franco relata o crime

Por videoconferência, o ex-policial militar Elcio Vieira de Queiroz prestou depoimento na terça-feira (10). A oitiva aconteceu no âmbito do primeiro julgamento no processo que apura o envolvimento do ex-bombeiro Maxwell Simões Correa nos assassinatos da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes aconteceu na terça-feira (10). A audiência ocorreu mais de cinco anos após o caso.


Maxwell participou de forma virtual, já que está detido em presídio federal em Brasília.


Em seu depoimento, Queiroz relatou a dinâmica do assassinato, falando sobre as horas que antecederam a execução do crime.


Durante seu depoimento, Queiroz disse ter sido convidado por Ronnie Lessa — também ex-policial militar e principal suspeito das mortes — a dirigir um carro no dia 14 de março de 2018. O ex-PM disse que acredita que foi chamado por Lessa por “falta de confiança” em Maxwell para ser o motorista.


Depois, ele e Lessa se encontraram com Maxwell. Os dois entregaram os celulares para o ex-bombeiro e receberam o carro.


Durante o depoimento, Queiroz afirmou que os tiros que resultaram na morte da vereadora e do motorista Anderson foram disparados por Ronnie Lessa, que usou uma metralhadora.


Elcio Queiroz também citou em seu depoimento o que foi feito para se desfazerem do carro, além de esconderem vestígios do crime:


  • •Trocaram as placas veículo e as picaram, jogando os vestígios na linha férrea na zona norte do Rio
  • •O carro então foi entregue para um mecânico para que fosse feito o desmanche.

Viúva ouvida

Durante a audiência de terça-feira (10), a viúva de Marielle, Mônica Benício, também foi ouvida. Ela disse que não sabia que a esposa recebia ameaças por atuação política.


Já Ágatha Arnaus Reis, esposa de Anderson, contou que o marido estava trabalhando com a vereadora havia dois meses e que nunca teve preocupação com segurança.


A terceira testemunha de acusação ouvida foi a assessora de Marielle, Fernanda Gonçalves, que estava no carro no momento da execução. Gonçalves também disse que a vereadora nunca mencionou ameaças ou disse estar preocupada com a segurança. Por causa do crime, a assessora teve de deixar o Rio de Janeiro e hoje mora em outro estado.


O próximo julgamento está marcado para o dia 1º de dezembro, às 13h. Segundo o despacho do juiz, o gabinete deverá providenciar uma conexão para participação de Maxwell e para a testemunha de defesa do ex-bombeiro: Ronnie Lessa. A CNN tenta estabelecer contato com a defesa de Maxwell Simões.


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