O Ministério das Relações Exteriores Palestino classificou o ataque ao Hospital Batista Al-Ahli nesta terça-feira (17) como um “massacre a sangue frio”.
Presidente da Autoridade Palestina decreta luto
O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, declarou três dias de luto pelas vítimas do ataque aéreo israelense ao Hospital Batista Al-Ahli, em Gaza.
Em comunicado divulgado pelo seu gabinete, o Abbas também ordenou que as bandeiras fossem hasteadas a meio mastro para as vítimas da “agressão israelense ao hospital al-Ahli e para todas as pessoas mortas pela ocupação”.
Israel diz que ataque foi da Jihad Islâmica
Breaking: IDF Spokesperson
From the analysis of the operational systems of the IDF, an enemy rocket barrage was carried out towards Israel, which passed through the vicinity of the hospital when it was hit.
According to intelligence information, from several sources we have,…
— Israel ישראל 🇮🇱 (@Israel) October 17, 2023
Além disso, Tal Heinrich, porta-voz do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, disse à CNN que “as IDF não têm como alvo hospitais”, acrescentando: “nós apenas temos como alvo redutos, depósitos de armas e alvos terroristas do Hamas”.
De acordo com a agência Reuters, o porta-voz da Jihad Islâmica Palestina negou que o grupo seja responsável pelo ataque.
O primeiro-ministro israelense, Benjamein Netanyahu, por sua vez, culpou os “terroristas bárbaros em Gaza” por “atacarem” o Hospital Batista Al-Ahli.
“Para que o mundo inteiro saiba: os terroristas bárbaros em Gaza são aqueles que atacaram o hospital em Gaza, não as FDI [Forças de Defesa de Israel]”, afirmou Netanyahu em comunicado.
“Quem assassinou brutalmente nossos filhos também está assassinando seus filhos”, acrescentou.
Entenda o caso e veja momento do ataque
Um míssil atingiu o Hospital Al-Ahli Arabi, no centro da Cidade de Gaza, nesta terça-feira (17). Um vídeo obtido pela CNN mostra o momento do ataque.
Uma nota do Ministério da Saúde palestino ressalta que muitas pessoas ainda permanecem enterradas sob os escombros.
“Um novo crime de guerra cometido pela ocupação no bombardeamento do Hospital Al-Ahli Arabi, no centro da Cidade de Gaza, resultando na chegada de dezenas de mártires e feridos ao Complexo Médico Al-Shifa devido ao bombardeamento”, destaca o comunicado, alegando que Israel teria sido responsável pelo caso.
“Deve-se notar que o hospital abrigava centenas de pacientes, feridos e pessoas deslocadas de suas casas à força devido aos ataques aéreos”, adiciona a nota.
O Hamas divulgou um comunicado classificando o ato como “genocídio”. “O massacre do Hospital Al-Ahli, no coração da Faixa de Gaza, é um genocídio. Chega de silêncio sobre a agressão e a imprudência da ocupação”, colocou o grupo armado.