O presidente da Associação dos Cornos do Estado do Acre (Ascornacre), Tiago Farias, revelou nesta segunda-feira, 23, que a associação corre o risco de ser extinta. O motivo alegado é a falta de pagamento de R$ 5 reais, taxa da mensalidade dos 28 mil membros associados nos 22 municípios.
De acordo com Farias que presta serviço para a prefeitura de Rio Branco, a associação tinha uma sede que ficava localizada em um bar na rua do Lacen, próximo da Avenida Getúlio Vargas, local onde ocorriam as reuniões semanais, mas, devido a pandemia, as atividades ficaram restrita às redes sociais. “A gente tinha recursos em caixa para emissão de carteira e atividades recreativas de confraternização, mas, a pandemia acabou com tudo e os associados deixaram de pagar a mensalidade”, declarou, dizendo que, caso houvesse o pagamento, a associação teria novamente sua sede física e uma equipe de profissionais. “A ideia era ter psicólogos e terapeutas, além de abrigar os homens que são expulsos de casa”, ressalta.
Tiago disse ainda que a pandemia da COVID-19 não trouxe somente prejuízo financeiro ao grupo, mas, trouxe também a perda de 40 pessoas ligadas diretamente a Ascornacre. “Somente em uma semana a gente perdeu 10 pessoas, muita gente já tinha a imunidade baixa por conta do sofrimento do chifre e a COVID acabou levando alguns”, explicou.
O presidente da associação disse ainda que apesar das pessoas terem preconceito e raiva com o assunto, a situação é séria. De acordo com ele, somente com a associação, muitos homens foram salvos, tanto de perder a vida, quanto em tirar a vida de suas respectivas companheiras e terem que acabar presos. “Eu ajudei muita gente, cinco deles queriam se matar e tirar a vida das mulheres após a descoberta da traição. Com muita calma eu conversava e convencia a não fazerem besteira e seguir a vida normalmente. A intenção do grupo é mostrar que traição não pode trazer desgraça a vida das pessoas e sim, um meio de transformar em alegria por meio de da associação”, mencionou.