Bolsonaro entrega depoimento escrito à PF e critica inquérito sobre grupo no Whatsapp

“O objetivo desse inquérito foi atingir, tirar de circulação, censurar, calar o Luciano Hang, que tinha mais de 10 milhões de seguidores, e inibir outras pessoas simpáticas a mim por ocasião das eleições [de 2022]”, disse Jair Bolsonaro sobre o inquérito que investiga empresários suspeitos de apoiar um golpe de Estado em conversas num grupo de WhatsApp.


“Mais um fato que mostra, no mínimo, a parcialidade de como foram conduzidas as eleições do ano passado”, acrescentou.


O ex-presidente foi novamente até a Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira (18) para prestar depoimento no âmbito desta investigação. Segundo ele, a orientação da defesa foi entregar o depoimento por escrito e “continuar batendo na tecla da competência, que não é do STF [Supremo Tribunal Federal], os meus advogados entendem que é da primeira instância”


Os advogados Paulo Bueno, Daniel Tesser e Fabio Wajngarten acompanharam o ex-presidente na ida à PF.



Conforme revelado pelo analista da CNN Caio Junqueira, a Polícia Federal viu elo entre o ex-presidente Jair Bolsonaro e o empresário Meyer Nigri na disseminação de fake news sobre o sistema eleitoral em grupos de WhatsApp.


No relatório da PF, o empresário recebe no dia 26 de junho de 2022 uma mensagem de WhatsApp do contato “Bolsonaro 8” referente ao ministro do STF Luís Roberto Barroso. A mensagem diz que Barroso “mente” e que há um “desserviço à democracia dos três ministros do TSE/STF” que faz “somente aumentar a desconfiança de fraudes preparadas por ocasião das eleições”.


Nigri então responde ao contato “Bolsonaro 8”: “Já repassei para vários grupos. Faz tempo que não nos falamos. Como vc tá? Abs de Veneza”.


O ex-presidente já confirmou o envio da mensagem, e reiterou, nesta quarta-feira, que mandava mensagens, em sua grande parte, sobre matérias da imprensa.


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