Os deputados da base do governo votaram na tarde desta terça-feira, 10, pela rejeição de dois requerimentos que tratam sobre pedidos de informações protocolados pelo deputado Emerson Jarude (Novo). O primeiro é sobre o fato de 150 pacientes serem possivelmente prejudicados devido à Fundação Hospitalar atrasar pagamentos a empresa terceirizada, Clinica Renal de Rio Branco, que presta serviços de hemodiálise e o segundo é que versa sobre o número de servidores públicos cedidos para outros Estados e informações sobre os motivos.
Jarude defendeu que os requerimentos são de informações básicas e que não entende o motivo do governo negar informação. Ele afirmou que ingressará com uma ação na justiça tendo como argumento a Lei de Transparência.
O deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB), afirmou que o governo faz “teste de fidelidade” com a base. “Com esse teste, acaba a transparência”, disse o líder da oposição dizendo que a casa legislativa se apequena. “Onde há fumaça, há fogo”, disse.
O líder do governo, deputado Manoel Moraes (PP), tentou minimizar o “tratoraço” da base nos requerimentos. “Dos 25 requerimentos, entendemos que só dois não foram aprovados e por causa disso o debate não pode ser pautado”, disse o parlamentar ao enfatizar a rejeição para os coligadas da base.
A cena chamou atenção dos deputados e causou indignação dos deputados Fagner Calegário (Podemos) e Michele Melo (PDT), que lembraram que pedido de informações não foram negados por líderes anteriores.