O governo federal deve realizar em fevereiro do ano que vem o chamado “Enem dos concursos públicos“, um processo unificado para seleção de novos servidores.
O Executivo planeja preencher cerca de 8 mil vagas em diversos ministérios e outros órgãos do serviço público.
No modelo de seleção atual, cada órgão faz seu próprio processo e realiza as provas separadamente.
Já o “Enem dos concursos” prevê uma seleção única, que será realizada simultaneamente em 179 cidades de todo o país.
Confira o cronograma e como vai funcionar
Ministérios e órgãos interessados em participar do concurso unificado terão até o dia 29 de setembro para fazer a adesão, que é voluntária;
Publicação do edital está prevista para o dia 20 de dezembro;
Aplicação da prova está prevista para 25 de fevereiro de 2024;
Resultados gerais da primeira fase devem ser divulgados até abril de 2024;
Cursos de formação devem começar entre junho e julho de 2024;
Início dos processos de alocação e ambientação dos servidores está previsto para julho e agosto de 2024.
No momento da inscrição, os candidatos deverão optar por um dos blocos das áreas de atuação governamental disponíveis. Depois, deverão indicar seu cargo ou carreira por ordem de preferência entre as vagas no bloco de sua escolha.
A primeira etapa do concurso unificado será realizada em um único dia, dividida em dois momentos: primeiro será aplicada uma prova objetiva, com conteúdo comum a todos os candidatos. Depois, no mesmo dia, serão aplicadas provas dissertativas e com conteúdos específicos e de acordo com cada bloco temático.
Além das provas, cada órgão poderá colocar no edital suas exigências em relação à titulação acadêmica e experiência profissional.
Entenda a proposta
A iniciativa parte do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos. A pasta, comanda por Esther Dweck, se inspirou no modelo do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
O objetivo, segundo o governo, é ampliar e democratizar o acesso da população brasileira às vagas do serviço público federal, além de aumentar a diversidade sociodemográfica e territorial dos servidores públicos.
“Quanto mais o perfil do servidor estiver alinhado com o da população, melhor para o governo. Quanto mais a burocracia for representativa do coletivo da nação, as políticas públicas também serão mais representativas”, explica o secretário de Gestão de Pessoas, José Celso Cardoso Jr.
A descentralização da realização das provas não tem relação com a lotação dos servidores, contudo. A maioria das vagas será destinada a Brasília, onde ficam as sedes dos órgãos públicos federais.