O aumento do número de brasileiros que sofreram acidente vascular cerebral (AVC) está preocupando os médicos. Em nove anos, as internações cresceram quase 40% no Brasil – passaram de 133 mil para 185 mil.
O AVC pode ser isquêmico ou hemorrágico. O isquêmico é quando há um entupimento em uma artéria por trombose de sangue, por placas de gordura ou por espasmo da musculatura, que impedem a circulação do sangue no cérebro. Já o hemorrágico é quando uma artéria se rompe e provoca sangramento no cérebro. As sequelas mais sérias são na locomoção.
A diabetes é um dos principais fatores de riscos para o AVC. Além dela estão a hipertensão arterial, obesidade, colesterol alto, tabagismo e sedentarismo.
Bruno Della Ripa Rodrigues Assis, coordenador da neurologia do Hospital Nipo-brasileiro, explicou que quanto mais rápido o atendimento, maiores as chances de evitar sequelas e garantir uma boa recuperação.
“Uma coisa que a gente fala no AVC é que ‘tempo é cérebro’. Por quê? Porque a gente sabe que quanto mais rápido a gente atuar no AVC, a gente vai ter uma chance maior do indivíduo ficar sem sequela, e sem prejuízos funcionais.
O neurologista explica que o AVC pode ocorrer em qualquer idade, apesar da existência de um grupo onde ele é mais comum.
“A faixa etária mais prevalente onde o AVC ocorre são nos indivíduos acima de 50 anos, especialmente homens. O sexo masculino tem uma certa predisposição ao AVC, claro, por fatores genéticos populacionais, mas principalmente porque infelizmente o homem se cuida menos do que a mulher. Lembrando que AVC é muito menos frequente em jovens do que em pessoas acima de 50 anos com fatores de risco”, argumentou.
“Você precisa pelo menos aferir sua pressão uma ou duas vezes por semana. Você precisa tentar realizar uma atividade física, em torno de 154 minutos, durante a semana, precisa cessar o tabagismo. E você precisa tentar na medida do possível, selecionar um pouco mais seus alimentos, se alimentar melhor”, disse o neurologista.