A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, falou nesta quinta-feira (28), em entrevista ao Estúdio i, da GloboNews, sobre as divergências que ocorrem dentro do governo Lula e sua base aliada.
Para ela, no entanto, apesar de não haver unanimidade, não haverá a “passagem de boiada”, termo utilizado pelo ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles, ao falar sobre a precarização da proteção ambiental no país.
“O governo Bolsonaro patrocinava a passagem da boiada. O presidente Lula faz um esforço muito grande para viabilizar o desenvolvimento econômico e social do nosso país e, ao mesmo tempo, proteger os ativos ambientais”, diz a ministra.
Marina garante que há um diálogo em andamento com o setor do agronegócio.
“Esse diálogo existe e está indo muito bem. Eu, os ministros Carlos Fávaro (Agricultura, Haddad (Fazenda) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar) trabalhamos ombro a ombro para colocarmos de pé o Plano Safra já em bases sustentáveis e em tempo recorde. O plano apresentado, que foi apresentado com quase R$ 400 bilhões já é a base para a transição da agricultura de baixo carbono”, relata Marina Silva.
“Tem aqueles que resistem à agenda da sustentabilidade, mas lá na frente vão cobrar do próprio governo por não fazer o dever de casa porque a União Europeia, China, Japão e o Reino Unido vão fechar em breve o mercado para produtos que sejam carbono intensivo”, completa.