Embora haja opção de tratamento oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a gravidade da cardiopatia, na avaliação dela, exige atendimento ainda mais especializado e modernos equipamentos pós-operatórios.
“O pós-operatório é um grande desafio para o bebê, e a equipe médica, assim como a disponibilidade da ECMO, por exemplo, pode ser cruciais em casos de tamanha gravidade. Porém, este recurso não está presente nos hospitais públicos de Minas e, mesmo nos privados, é encontrado em somente dois serviços de Belo Horizonte”, explica.
“É uma cirurgia complexa, demorada, de peito aberto. Não é uma cirurgia do dia a dia. Há como fazer e não utilizar a ECMO? Há. Mas é um risco que não é válido enfrentar. A gente tem que oferecer o melhor”.
A especialista também explica que, passada a primeira cirurgia – normalmente feita nos primeiros 4 dias de vida, bebês com a síndrome tendem a fazer novo procedimento entre 4 e 6 meses. Por volta dos 4 anos, é feita uma terceira etapa.
“É uma cardiopatia grave, que não tem tratamento corretivo, mas etapas paliativas. Ao darmos o diagnóstico começamos uma corrida contra o tempo, para que tudo seja feito em tempo hábil para um melhor resultado cirúrgico. E não temos como falar exatamente quantas cirurgias serão necessárias ao longo da vida, devido à complexidade. E o sucesso de uma interfere no resultado da outra”.