A primeira-dama, Janja da Silva, postou um vídeo em suas redes sociais nesta sexta-feira (8) comemorando sua chegada à Nova Delhi, capital da Índia, mas o arquivo foi excluído pouco tempo depois. Logo após a postagem, alguns comentários negativos começaram a ser feitos no vídeo e, temendo a repercussão, Janja o excluiu.
“Namastê! Olá, Índia! Boa noite. Me segura que eu já vou sair dançando”, diz Janja no vídeo com duração de oito segundos.
A primeira-dama está na Índia porque acompanha o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que participa da reunião de cúpula do G20.
Lula quer aproveitar o evento para discutir três tópicos considerados prioritários: o combate à pobreza e à fome; a transição para uma matriz energética mais limpa e a contenção das mudanças climáticas; e a defesa de mudanças profundas no sistema de governança global, incluindo o Conselho de Segurança da ONU.
Só que a viagem e, consequentemente o vídeo de Janja, repercutiram mal nas redes e entre opositores do governo. Isso porque Lula não foi ao Rio Grande do Sul fazer uma visita para acompanhar os estragos das chuvas na região que já deixou mais de 40 mortos e 123 mil atingidos.
O presidente acabou privilegiando a presença no desfile cívico do Sete de Setembro e na cúpula do G20. Para diminuir as críticas, o presidente Lula chegou a postar em suas redes sociais um texto onde afirmou ter orientado o governo a estar de prontidão e “atuando em todas as frentes”.
Como disse ao governador do Rio Grande do Sul, @EduardoLeite_, orientei o governo a estar de prontidão. Prontamente, o @geraldoalckmin, e os ministros e ministras do nosso governo, formaram um comitê permanente de apoio ao Rio Grande do Sul. Estamos atuando em todas as frentes.… https://t.co/nx4IKoYnH1
— Lula (@LulaOficial) September 8, 2023
Nas redes sociais, as críticas continuaram mesmo após a exclusão do vídeo.
O presidente em exercício, Geraldo Alckmin (PSB), afirmou, nesta sexta-feira (8), que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não visitou a região nos últimos dias devido ao 7 de Setembro e a um problema de saúde e anunciou o envio de um auxílio de R$ 800 para moradores atingidos pelas fortes chuvas no Rio Grande do Sul.
Questionado por repórteres, Alckmin disse: “Os ministros estiveram lá. O presidente tinha o 7 de Setembro, não tinha como sair. No dia anterior, teve uma indisposição de saúde, mas todo o governo está empenhado em atender a região”.
De acordo com Alckmin, o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome – comandado por Wellington Dias – irá liberar, além do auxílio, cerca de 20.000 cestas básicas a serem enviadas à população local.