Ícone do site Ecos da Noticia

Cidades acreanas registram níveis de poluição do ar muito acima do mínimo tolerado

Pelo menos duas cidades acreanas registraram níveis muito altos de concentração de poluentes no ar durante essa segunda-feira, 25. Conforme a Rede de Monitoramento encabeçada pelo Ministério Público do Acre, junto a outras instituições, Acrelândia e Cruzeiro do Sul apresentaram dados muito acima do mínimo recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS).


Em Cruzeiro do Sul, por volta das 21h, o índice era superior a 60 µg/m³ (microgramas por metro cúbico de ar) na medida Raw PM2.5 (partículas finas) para o período das últimas 24 horas. Em Acrelândia, esse dado superava 70 µg/m³ no mesmo horário. Outras cidades, como Brasiléia e Rio Branco, também registravam níveis bastante altos de poluição atmosférica.


A situação em Brasiléia e Epitaciolândia foi agravada por um grande incêndio ocorrido na cidade boliviana de Cobija, no período da tarde, segundo noticiado pelo jornal O Alto Acre, que produziu uma grande nuvem de fumaça. As três cidades fronteiriças, que já vinham enfrentando dificuldades com a presença da fumaça, viram piorar os efeitos da poluição.


Os níveis de concentração de fumaça registrados em Acrelândia e Cruzeiro do Sul, acima de 60 µg/m³, representam que todas as pessoas podem começar a ter efeitos na saúde se expostas por um período de 24 horas. Já membros de grupos sensíveis podem experimentar efeitos mais graves na saúde diante das condições registradas nos dois municípios.


De acordo com as diretrizes mais recentes de qualidade do ar da OMS, a concentração segura de material particulado no ar deve ser igual ou inferior a 5 μg/m³ para um período de um ano e de 15 μg/m³ para 24 horas. Com base nisso, os valores observados na noite desta segunda-feira são muitas vezes superiores ao mínimo tolerado pela OMS.


Focos de Queimadas

Nas últimas 48 horas, foram feitas 302 detecções de focos de calor no Acre pelo satélite de referência do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). No ano, 4.280 focos de queimadas no estado, quantidade 52% menor que os 9.053 registrados no mesmo período de ano passado.


Sair da versão mobile