Café produzido no Acre será experimentado nos Estados Unidos, China e Armênia

Um carregamento de 300 quilos de café da espécie robusta amazônico, produzido no Acre, apresentado para 20 compradores de 12 países, durante a rodada de negócios internacional ExportaBR, da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), em Cacoal (RO), no dia 1° de setembro, foi levado para consumo em três nações, representando um ganho de R$ 10 mil para os produtores participantes do evento.


O café levado para ser apresentado e degustado nos Estados Unidos, China e Armênia foi cultivado pelos produtores Celso Timpurim e Vanderlei de Lara, ambos do Ramal do Granada, em Acrelândia; Abílio Caetano, do Projeto de Assentamento Tocantins, em Porto Acre; e Keyty Kety Espindola, da Reserva Chico Mendes, em Brasileia. A participação dos agricultores familiares na rodada de negócios foi viabilizada pela Secretaria de Estado de Agricultura (Seagri).


Durante a rodada de negócios, o representante da China comprou três sacas de 60 quilos, o dos EUA uma saca de 60 quilos e o representante da Armênia também levou uma saca de 60 quilos, pelo preço de R$ 2 mil cada saca. Esses cafés especiais produzidos no Acre têm uma agregação de valor superior aos cafés commodities, que hoje custam R$ 550 reais a saca de 60kg.


A produtora Keyte Espindola, da Reserva Extrativista Chico Mendes, enfatiza seu trabalho pioneiro em recuperação de áreas degradadas para posterior cultivo do café e reconhece o fundamental apoio do Estado, via Secretaria de Agricultura, para que o projeto tivesse êxito.


“Gratidão por essa parceria que nos permitiu mostrar ao mundo nossos grãos de café robusta amazônico nessa rodada de negócios, onde nosso café foi bem avaliado e conceituado pelos países, que demostraram interesse na aquisição com valor. Eu e minha família estamos muito felizes”, reconheceu a produtora rural.


O secretário de Agricultura, José Luis Tchê, avalia que, nessa negociação em que o café produzido de forma ambientalmente correta, com representantes internacionais pagando quase quatro vezes a mais que o preço comumente praticado, demonstra que a política de gestão do governo está no caminho certo, de cuidar do pequeno, com incentivos para o agricultor familiar, a exemplo do que vem ocorrendo na cultura cafeicultora acreana.


“Somos o estado amazônico que menos desmatou e precisamos capitalizar esse feito positivo. Um produto com selo de certificação por ser cultivado em áreas recuperadas agrega valor de mercado, a exemplo do que tivemos agora com o café”, reconheceu o secretário de Agricultura.


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