Alunos de faculdade de medicina ficam pelados durante jogo de vôlei feminino

Estudantes do curso de medicina da Universidade Santo Amaro (Unisa) ficaram pelados durante um jogo de vôlei feminino de um campeonato universitário.


Segundo apurado pela reportagem do g1, o caso ocorreu em abril, no torneio CaloMed, mas ganhou repercussão neste domingo (17), após um vídeo de repúdio ao ato viralizar nas redes sociais.


Os alunos fazem parte do time de futsal da faculdade e estavam na plateia. Eles abaixaram as calças enquanto o time de vôlei jogava contra a Universidade São Camilo.


Nas redes sociais, os vídeos foram compartilhados afirmando que os estudantes simularam uma masturbação coletiva durante o campeonato Intermed, que ocorreu no final de semana. É possível ver nas imagens que eles encostam as mãos nas partes íntimas.


Entretanto, Universidade São Camilo afirmou que o episódio aconteceu durante um campeonato em Avaré, no interior do estado, de 28 de abril a 1° de maio.


As alunas da São Camilo informaram à reitoria que os estudantes da Unisa costumam abaixar as calças e, depois, correm pelados pela quadra, todas as vezes que ganham. Elas afirmaram ainda que não houve simulação de masturbação coletiva.


“O Centro Universitário São Camilo informa que nossa Atlética do curso de Medicina não participa do Intermed. Porém, em abril deste ano participou de outro evento esportivo chamado Calomed, quando nossas alunas disputaram um jogo contra a equipe da Unisa. Os alunos da Unisa, saindo vitoriosos, segundo relatos coletados, comemoraram correndo desnudos pela quadra. Não foi registrada, naquele momento, nenhuma observação por parte das nossas alunas referente à importunação sexual. O Centro Universitário São Camilo apoia todos os nossos alunos e não compactua com quaisquer atos que possam atentar contra o pudor e os bons costumes.”


 


O Centro Universitário São Camilo alegou que o caso pode ser enquadrado como atentado ao pudor, crime de notificação individual, mas que nenhuma aluna da faculdade registrou a ocorrência.


Já a Universidade Santo Amaro, procurada desde o último domingo pela reportagem, não se manifestou.


Após a repercussão, a União Nacional dos Estudantes divulgou nota pedindo a responsabilização dos estudantes envolvidos.


Nota divulgada pela União Nacional dos Estudantes — Foto: Reprodução/Redes sociais

Nota divulgada pela União Nacional dos Estudantes — Foto: Reprodução/Redes sociais

Redes sociais

 


No final de semana, o influenciador Felipe Neto repostou o vídeo com as imagens cobrando resposta da Unisa.


“Olá @UnisaOficial – o Brasil está esperando o posicionamento de vcs quanto aos alunos de medicina q se masturbaram publicamente nos jogos universitários, cometendo crimes. A faculdade não vai se pronunciar? Não vai fazer nada?”, questionou.


Outros internautas também usaram as redes para cobrar posicionamento da universidade, que segue sem se manifestar. A reportagem do g1 procurou pela assessoria ao menos cinco vezes, sem retorno sobre o caso.


Comentários em postagem sobre o campeonato cobram posicionamento da atlética sobre o caso — Foto: Reprodução/Redes sociais

Comentários em postagem sobre o campeonato cobram posicionamento da atlética sobre o caso — Foto: Reprodução/Redes sociais

“Futuros médicos, estudantes da @unisa invadem a quadra durante um jogo feminino da Intermed, calças arriadas, expondo o pênis e simulando masturbação. Entendem porque não canso de falar aqui sobre a grave crise ética da profissão médica?”, escreveu uma jovem nas redes socias.


“O time de futsal masculino da Faculdade de Medicina de Santo Amaro se masturbou coletivamente num jogo de vôlei feminino. É isso. Como a gente pode estar falando de qualquer outro assunto nesse momento?”, questionou outra usuária da plataforma.


No perfil da atlética de medicina da Unisa, inúmeras pessoas cobraram uma resposta sobre o caso.


Nesta segunda (18), eles divulgaram uma nota que não esclarece o ocorrido, apenas informa que as imagens “não são contemporâneas” e diz que não representam “princípios e valores da atlética”.


Nota de esclarecimento divulgada pela Atlética da Universidade Unisa — Foto: Reprodução/Redes sociais

Nota de esclarecimento divulgada pela Atlética da Universidade Unisa — Foto: Reprodução/Redes sociais

 


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