Sob 40°C riobranquenses procuram alternativas para fugir do calor extremo

FOTO: Sérgio Vale/ac24horas


 


As imagens do repórter fotográfico Sérgio Vale flagraram o sufoco dos acreanos da capital diante do extremo calor que tomou conta de Rio Branco nesta quarta-feira, 23, e confirmam as previsões do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) de que este meio de semana seria excepcionalmente quente no estado.


O termômetro localizado na Pracinha do Relógio, em frente à Praça da Revolução, no centro da capital acreana, marcou 40°C no meio da tarde desta quarta-feira, mas existem relatos de que chegou a fazer 43° à sombra em determinados locais. Em meio a tanto calor, a população buscou saídas para fugir da quentura.


Nas ruas, a popular sobrinha se tornou item indispensável para grande parte dos transeuntes. Quem pôde, procurou as áreas externas em busca de alguma ventilação. Outro recurso foi abusar do consumo da água, o que foi positivo para os vendedores ambulantes espalhados pelo centro da cidade.


 



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A onda de calor que se dissipa nesta semana pelo país inteiro está fazendo com que muitos estados registrem temperaturas excepcionalmente altas – acima dos 40ºC em algumas localidades – para os padrões do mês de agosto, podendo registrar, inclusive, recordes em pleno inverno.


Informações da empresa Climatempo afirmam que essa situação climática é resultante de uma grande massa de ar seco e quente que ganhou força sobre o Brasil no decorrer desta semana, atuando sobre praticamente todas as regiões. A estimativa é de que que as altas temperaturas se mantenham até sábado, 26, quando está prevista uma nova frente fria.


 



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“Embora seja um mês de inverno no Hemisfério Sul, o calor intenso é uma condição comum em agosto nos Estados do Centro-Oeste, interior do Nordeste e centro-sul da região Norte, em locais como Tocantins, Rondônia, Acre e o centro-sul e leste do Pará”, acrescenta a Climatempo.


Outra empresa meteorológica, a MetSul destaca que o calor extremo para agosto é uma consequência da atuação de uma forte corrente de jato, ou seja, ventos em baixos níveis da atmosfera que transportam ar muitíssimo quente do Norte do Brasil e áreas mais ao Norte do Centro-Oeste em direção ao Sul e o Sudeste.


Ainda de acordo com a MetSul, a massa de ar extremamente quente cobre o Norte do Brasil e seus efeitos se estendem tanto para o Centro-Oeste quanto Nordeste do país com temperaturas máximas perto ou acima de 40ºC.


 



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“A massa de ar é tão quente que a temperatura supera 40ºC em áreas da floresta amazônica, onde normalmente a excessiva umidade impede valores tão extremos de temperatura”, afirma a empresa de meteorologia.


No Acre, que enfrenta chuvas abaixo da média no mês de agosto, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e das Políticas Indígenas, por meio do Centro Integrado de Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental (Cigma), tem mapeado diariamente as previsões e a situação de eventos no período de seca extrema.


De acordo com o Centro, o estado enfrentará nos próximos meses essa condição de seca intensa, acompanhada de temperaturas acima da média climatológica. Essa mudança é atribuída ao fenômeno El Niño.


 



FOTO: Sérgio Vale/ac24horas


À Agência de Notícias do Acre, o meteorologista e analista em Ciência e Tecnologia do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia – Centro Regional de Porto Velho (Censipam-CR/PV), Dr. Luiz Alves dos Santos Neto, destacou que agosto é tipicamente o mês mais quente do ano.


“Esse ano está mais forte por causa do fenômeno El Ninõ que está ativo e se desenvolvendo cada vez mais no Oceano Pacífico. Esse fenômeno tende a intensificar essa massa de ar seco que predomina no Brasil central nesse período. Também as águas do Oceano Atlântico estão mais aquecidas aqui próximo da costa brasileira e essas águas oceânicas, tanto do Atlântico quanto do Pacífico, por estarem mais quentes, dão a contribuição para que esta massa de ar seco que predomina sobre o Brasil fique mais forte deixando as temperaturas mais elevadas na nossa região”, explicou.


 



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O Cigma quantifica informações do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) e, com base nesses dados, indicou quais os municípios que lideram o ranking de previsão de altas temperaturas. As cidades que mais vão sofrer com o fenômeno são as localizadas na região do Alto Acre, nesta quarta-feira, 23, e nesta quarta, 24 de agosto.


 



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