Mandante da morte de médico deu ‘calote’ em comparsas e pagou 13% dos R$ 150 mil

A mandante do assassinato de Gabriel Paschoal Rossi, de 29 anos, em Dourados (MS), Bruna Nathalia de Paiva deu “calote” nos três homens contratados para matar o médico. Segundo a investigação da polícia, a mandante ofereceu o pagamento de R$ 150 mil pela execução, mas não cumpriu a promessa.


Ao g1, o delegado que investiga o caso, Erasmo Cubas, informou que a mandante do crime pagou apenas R$ 20 mil aos suspeitos, que esperavam receber R$ 50 mil cada. Com isso, Bruna pagou apenas 13% do combinado pela execução. Em depoimento, Gustavo Kenedi Teixeira, Guilherme Augusto Santana e Keven Rangel Barbosa confessaram terem matado Gabriel Rossi a mando de Bruna Nathália de Paiva.


Os suspeitos ainda não foram encaminhados para o presídio. Os quatro seguem presos na delegacia, em Dourados, conforme apuração feita pelo g1.

O crime

 


Bruna Nathália devia R$ 500 mil ao médico e encomendou a morte dele para não pagar a dívida, segundo as investigações. As informações são do delegado Erasmo Cubas.


“Para se livrar da dívida, a suspeita contratou três homens para matar o médico. A mulher teria pagado R$ 150 mil ao trio pelo crime”, disse Cubas.


 


Médico morreu aos 29 anos, em Dourados (MS). — Foto: Redes sociais/Reprodução

Médico morreu aos 29 anos, em Dourados (MS). — Foto: Redes sociais/Reprodução

De acordo com as apurações da Serviço de Investigações Gerais (SIG), de Dourados, Bruna ficou com o celular de Gabriel após a morte dele. Em troca de mensagens, a suspeita teria se passado pelo médico e solicitado dinheiro a amigos da vítima. Apenas neste momento, a mulher conseguiu R$ 2,5 mil.


A morte

 


Gabriel Paschoal Rossi, de 29 anos, foi encontrado morto em uma casa de Dourados (MS) – a 232 quilômetros de Campo Grande – em 3 de agosto.


O médico, que estava desaparecido há uma semana, foi encontrado com os pés e mãos amarrados em cima de uma cama. Exame necroscópico revelou que a morte foi por asfixia e provável estrangulamento.


Ele morava em um apartamento em Dourados, mas a casa em que ele foi encontrado morto era de aluguel de temporada. O imóvel foi alugado através de um aplicativo na semana passada, por um período de 15 dias.


Médico foi torturado antes de morrer em Dourados (MS). — Foto: Redes sociais/Reprodução

Médico foi torturado antes de morrer em Dourados (MS). — Foto: Redes sociais/Reprodução

O proprietário informou que na noite do dia 27 de julho, dois homens chegaram a pé na casa para pegar as chaves e iniciar a locação.


Mensagens enviadas do celular de Gabriel mostram uma pessoa relatando que estava sendo ameaçada e pedindo dinheiro para amigos do médico. De acordo com a Polícia Civil, o aparelho continuou sendo usado após ele desaparecer, no dia 26 de julho, em Dourados (MS).


Na quinta-feira, uma mulher que mora ao lado da residência onde estava o corpo, ligou para a polícia e relatou que o carro do médico estava há cerca de uma semana estacionado em frente ao local. De acordo com a moradora, moscas começaram a invadir a casa dela, além dela sentir um mau odor vindo da direção da casa vizinha.


Segundo a polícia, o corpo já estava em decomposição, o que indica que a morte ocorreu há vários dias. Gabriel ainda usava o uniforme que os médicos utilizam no Hospital da Cassems, conhecido como scrubs hospitalar.


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