Ícone do site Ecos da Noticia

Imprensa é impedida de acompanhar reintegração de posse no Irineu Serra

FOTO: JARDY LOPES/ac24horas


 


O impedimento da imprensa, de acompanhar o cumprimento da reintegração de posse na região da invasão Terra Prometida, em Rio Branco, foi ordenado pela cúpula da segurança pública do estado, segundo informações colhidas em uma barreira do Batalhão de Trânsito da Polícia Militar na estrada do Irineu Serra. Ontem, 15, primeiro dia do cumprimento de mandado, profissionais da TV Gazeta e da TV 5 foram impedidos de se aproximar com seus veículos na área de intervenção.


Pelo segundo dia seguido, nesta quarta-feira, 16, forças de segurança atuam no cumprimento de mandado expedido pelo juiz Anastácio Menezes, a pedido da Procuradoria Geral do Estado (PGE), que solicitou a retirada das mais de 500 famílias que ocupavam ilegalmente uma área de 3 hectares que pertencem ao Governo do Acre.


Assim como ontem, duas barreiras policiais, em dois sentidos, foram montadas a cerca de 300 metros do principal acesso à invasão, onde as famílias estão desmanchando barracos que ainda não foram derrubados, na expectativa de não danificar as madeiras.


ac24horas conversou com o comandante no local, que não soube explicar o motivo da imprensa ser barrada: “o que nos passaram é que quem da imprensa já estivesse aqui, não retirar. Mas quem chegar após a formação barreira, não é para deixar entrar. O argumento para isso eu não sei, isso é decisão da alta cúpula, só nos passaram essa informação. A PM não é a responsável pela operação, mas o Gabinete de Crise da Secretaria de Segurança Pública. Morador pode entrar, a imprensa não”, disse o primeiro-sargento Dourado.


Ontem, 15, profissionais de imprensa tiveram que acessar o local por outra invasão, por uma área de mata. Houve confronto entre policiais e moradores da invasão, quando uma multidão formou um cordão de isolamento humano, tentando impedir a entrada de máquinas que fariam a derrubada das casas. A PM reagiu lançando spray de pimenta, bombas de efeito moral, granadas de gás lacrimogênio e atirando com balas de borracha. Hoje, no entanto, apesar de forte efetivo policial no local, o clima é tranquilo.


Sair da versão mobile