O Ibovespa engatou a 11ª sessão de queda seguida nesta terça-feira (15), a maior sequência de desvalorização desde 1984, e o dólar voltou a se aproximar de R$ 5 diante da ampliação dos temores globais com novos dados negativos na China.
No cenário doméstico, a pressão veio da Eletrobras (ELET6) após a saída surpresa de Wilson Ferreira Júnior do comando, conforme anunciado na véspera, enquanto a Petrobras (PETR4) trouxe alívio aos investidores ao anunciar novos reajustes nos preços de combustíveis.
O principal índice da bolsa brasileira fechou o dia com queda de 0,55%, aos 116.171 pontos.
A piora do cenário internacional renovou o fôlego do dólar ante as principais moedas do globo. A divisa dos EUA fechou a sessão com alta de 0,43%, negociado a R$ 4,987 na venda, na maior cotação desde o início de junho.
A China voltou a ser fonte de preocupação ao informar que as vendas no varejo em julho subiram 2,5% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Economistas ouvidos pela Reuters esperavam elevação de 4,5%. Já a produção industrial chinesa teve alta de 3,7%, ante projeção de 4,4% dos economistas.
Os dados novamente colocaram sob pressão boa parte das divisas de países exportadores de commodities para o gigante asiático, como o real.
Os investidores também observaram dados do varejo dos EUA, melhores que o esperado, e alimentaram a expectativa de que o Federal Reserve (Fed, o BC norte-americano) pode promover mais um aumento de sua taxa básica de juros em setembro.
Em Wall Street, a perspectiva de juros maiores por mais tempo nos EUA também pesou sobre os principais índices de ações.
O Dow Jones perdeu 1,02%, enquanto o S&P 500 recuou 1,16% e a Nasdaq – que concentra ações de tecnologia e está mais sujeita a variação dos juros – recuou 1,07%.
No outro lado do Atlântico, o índice pan-europeu Stoxx 600 desvalorizou 0,93%.