A quebra do sigilo telefônico de Saulo Moura da Cunha, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), confirma que o general Gonçalves Dias, ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), pediu para ter seu nome retirado do relatório do órgão enviado à CPMI do 8 de janeiro. As informações são da âncora da CNN Raquel Landim.
As mensagens foram reveladas oficialmente nesta quinta-feira (31) pela relatora da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), durante seus questionamentos a G. Dias, como é conhecido.
A existência dessas mensagens foi revelada há duas semanas pelo âncora da CNN Leandro Magalhães.
A troca de mensagens revelada na quebra de sigilo é a seguinte:
G. Dias: “Será que meu nome pode ser retirado daquela relação?”
G. Dias: “Ela ia ser entregue ao [senador] Espiridião [Amin].”
G. Dias: “Alguém mais que sabe?”
G. Dias: “Pode tirar o meu nome”
Saulo: “Claro, o senhor não era parte da operação.”
A relação a que Dias se refere é um relatório que foi enviado ao senador Espiridião Amin (PP-SC) sobre quais pessoas haviam recebido alerta de WhatsApp sobre risco de invasão dos prédios dos três poderes
Durante sua oitiva no colegiado, Dias negou ter fraudado o relatório e disse que era uma ferramenta informal.