Nos Estados Unidos, o foco ficou com os dados de emprego, que indicaram um esfriamento do mercado de trabalho, além de um Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre que também mostrou uma desaceleração.
“Apesar de parecer contraditório, o freio na economia pode indicar a efetividade dos juros mais altos para controlar a inflação, e alimentam expectativas de que o Banco Central não precise mais subir os juros por lá”, comenta Antonio Sanches, analista da Rico.
Na China, a situação é outra. A atividade industrial no país apresentou queda pelo quinto mês consecutivo, marcando 49,7 pontos em agosto. Segundo a agência de estatísticas do país, qualquer número abaixo de 50 representa uma contração da economia.
Em entrevista concedida à Reuters, o analista da agência Zhai Qinghe, afirmou que “os resultados da pesquisa demonstram que a demanda insuficiente do mercado persiste como um grande problema enfrentado atualmente pelas empresas”.
Segundo Miziara, o mercado já não enxerga que a economia chinesa tenha espaço para continuar em um ritmo forte de contração. Em contrapartida, também não há sinais de quando haverá uma mudança de direção e a atividade voltará a se expandir.
Vale lembrar que a China é a segunda maior economia do mundo e, se o país passa por um período de desaceleração, isso pode gerar um impacto global na cadeia de exportações.
Por fim, outro ponto que influenciou na cotação da moeda norte-americana nesta quinta-feira foi a disputa pela Ptax do fim de mês.
A Ptax é uma taxa de câmbio calculada pelo Banco Central e que serve de referência para a liquidação de contratos futuros. No fim de cada mês, agentes financeiros costumam tentar direcioná-la para níveis mais convenientes às suas posições — o que também influencia nas cotações do dia.