O núcleo de advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro traçaram algumas estratégias para o depoimento do casal, que deve acontecer nesta quinta-feira (31) na Polícia Federal (PF), em Brasília.
A PF deve ouvir os dois e outras seis pessoas relacionadas ao casal. Os investigadores apuram as circunstâncias de um esquema de venda ilegal de joias recebidas em viagens ao exterior. A expectativa é evitar que os depoentes tenham acesso antecipado às perguntas e que combinem respostas.
Entre os advogados de defesa, parte defende que o casal fique em silêncio, mas o martelo sobre o que fazer ainda não foi batido, isso porque Bolsonaro é imprevisível. Quem defende essa estratégia diz que ele já falou sobre o caso das joias em outra oportunidade e que não se sabe o que Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, contou à PF.
Michelle Bolsonaro foi chamada para explicar a fala do assessor especial Marcelo Câmara de que uma das joias teria ficado com ela. A ex-primeira dama repetiu aos advogados que desconhece qualquer pacote. Há uma avaliação de “revolta” sobre diante da intimação de Michelle;
Frederick Wassef, no caso das joias sauditas, passou a ser defendido pelo casal Bolsonaro como alguém que só estava tentando ajudar, e que, mesmo tendo um jeito atrapalhado, seu gesto teria sido de boa-fé;
Bolsonaro, por sua vez, voltou a dizer que, se algo ocorreu, ele não sabia de nada.