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Bibi Babydoll e o funk brasileiro que virou hit na Ucrânia com gravação no cobertor

“Automotivo Bibi Fogosa”, parceria de Bibi Babydoll e DJ Brunin XM, foi lançada em maio. No início de julho, a música com uma batida de trilha de videogame já começava a pipocar nas listas de hits virais. Na semana seguinte, alcançava números surpreendentes na Europa:


Em 19 de julho, chegou ao topo do Top 50 da Ucrânia no Spotify. Segue em 1º até hoje;


Na Belarus e no Cazaquistão, o ponto mais alto foi o terceiro e quarto lugares, respectivamente. Ela segue no top 10 dos dois países;


Em 26 de julho, a música assumiu o topo do ranking viral global do Spotify;


No Brasil, vem galgando degrau a degrau. Em menos de um mês, pulou da 139ª posição para a 53ª. Mas perdeu força e atualmente aparece na 75ª posição.


Enquanto isso, o clipe no qual Bibi aparece com uma esmerilhadeira na altura da região genital tem número crescente em views: soma mais de 7,1 milhões.


A música que questiona no refrão se o fogo é “tesão ou é amor” ganhou ainda versão mais light (“é paixão ou é amor?”). A letra mais comportada mira o público novinho e o TikTok. São mais de 347 mil vídeos compartilhados na rede social com “Automotivo Bibi Fogosa”.


Quem é Bibi Babydoll?

Bibi Babydoll é o nome artístico de Beatriz Alcaide Santos. A cantora tem 24 anos, nasceu em Curitiba e, há um ano e meio, mora em São Paulo. Antes da mudança, ela se formou em Publicidade e Propaganda pela PUC-PR. A primeira música com o nome de Bibi Babydoll foi “Pirigótika”, em 2021. Mas o envolvimento com a música começou ainda na infância.


“Minha mãe me colocou nas aulas de piano desde meus 5 anos, então eu já tive uma noção de teoria musical”, explica Bibi ao g1 (veja trechos da entrevista no vídeo no topo).


Antes da carreira musical, trabalhou “artisticamente na internet”. “Fazendo maquiagens, produções, looks, fotos e cenários. E com 18 anos, comecei a trabalhar em festas, me apresentando, fazendo performance em eventos, eventos eletrônicos, nos DJ sets de outros produtores.”


Esses projetos ajudaram a criar o perfil mais performático de Bibi, que mergulhou no universo do cosplay para as produções nos palcos e inseriu o uso de uma esmerilhadeira em suas apresentações.


 


Bibi Babydoll — Foto: Reprodução/Instagram

Bibi Babydoll — Foto: Reprodução/Instagram

“Eu precisava me destacar de alguma forma, que naquela época não era música. E eu me inspirei numas meninas que faziam isso e que eram um gringas. Eu vi um show delas fazendo faísca de fogo”, explica. A ferramenta também é estrela do clipe de “Automotivo Bibi Fogosa”.


Bibi fez aulas de produção musical e de canto. Em paralelo ao plano de ser cantora, ela se dedicou ao conteúdo adulto. “Eu fiz um documentário defendendo essas meninas, falando que ‘não, elas não estão apoiando uma indústria pornográfica e que mata mulheres’. Elas estão trabalhando em casa. É um emprego como outro qualquer, não tem por que ter essa discriminação.”


“Eu já cheguei a vender um pouco de conteúdo adulto. Eu nunca mostrei tudo, não. Mas foi uma época que eu precisei. Não me envergonho disso, porque foi o que me fez sair de casa e pagar o meu primeiro clipe. Mas hoje eu quero desvincular um pouco disso”, diz Bibi.


 


Bibi diz que fez uma “transição planejada” de youtuber para tiktoker, sempre com a ideia de conversar com seus seguidores. “Era para a galera já ir simpatizando comigo, para quando eu começasse a lançar as coisas artísticas. Eu já teria, pelo menos, um público base que iria ouvir.”


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