Regilânio da Silva Inácio, de 42 anos, que rompeu a coluna após ser atingido pelo aparelho de uma academia em Juazeiro do Norte, recebeu alta na tarde desta quinta-feira (10), depois de cinco dias de internação no Hospital Santo Antônio, na cidade de Barbalha, no interior do Ceará.
O acidente com a máquina de 150 quilos causou uma lesão na coluna considerada gravíssima pelos médicos, que consideram que o homem tem 1% de chance de voltar a andar.
“Muito obrigado por tudo, a força que vocês me deram em orações, em ajuda, em tudo. Que Deus continue iluminando vocês para poder continuar me iluminando”, disse Regilânio momentos antes de deixar o hospital.
Durante o tratamento, Regi passou por uma cirurgia que durou quatro horas, para colocar pinos e parafusos para redução da fratura, com objetivo de fazer o realinhamento ósseo e descompressão da medula.
“Agora ele tá bem, a família procura animá-lo, ele bem alto-astral, ainda sente muitas dores, a única reclamação dele é das dores, mas com um alto-astral ótimo, a gente vê ele e não diz que ele passou pelo que passou. Acho que a ficha não caiu ainda, mas a gente sabe que ele não vai mais andar, ele sabe que não vai mais andar, mas a ficha só vai cair quando ele for pra cadeira. É uma pessoa muito jovem [chora]”, disse Maria Aparecida da Silva Inácio, irmã da vítima.
‘Como se a alma tivesse saído do corpo’
Segundo a irmã, Regi relatou para a família que no momento que foi atingido pelo equipamento, conhecido como “hack squat”, teve a sensação como se a “alma tivesse saído do corpo”.
“No ato do baque na coluna dele ele conta que é como se a alma tivesse saído do corpo. Naquele momento ele imaginou que tivesse morrido. Ele relata muitas dores, tanta dor que achou que o corpo tivesse quebrado ao meio. Naquele momento ele não sentiu mais as pernas, pensou que não fosse andar nunca mais”, relembrou Maria Aparecida.
A máquina que atingiu o aluno será retirada da academia e substituída pelo estabelecimento por contra do receio das outras pessoas que frequentam o local. A previsão é que isso ocorra até o fim da semana.
Após o acidente, a família de Regilânio realizou uma campanha para ajudar nos custos da cirurgia e do tratamento. Um dia após o lançamento, a vaquinha foi encerrada depois de ultrapassar a meta, estabelecida de R$ 35 mil.
Uma outra vaquinha realizada para cobrir as despesas da família, que é sustentada pelo motorista que está impossibilitado de trabalhar, alcançou R$ 100 mil em doações em menos de quatro horas.
“A gente não imaginava que fosse tomar a proporação que tomou, isso nos enche de esperança. Muita gente nem conhece ele, mas ajudou. O que a gente pede mais pra ele, mais que o dinheiro, é oração. Ele vai precisar de muita oração”, afirmou a irmã da vítima.