Em Cruzeiro do Sul, a Polícia Civil tomou conhecimento de um caso em que uma técnica de enfermagem, que também é influenciadora digital, expôs nas redes sociais a gravidez de uma adolescente. Após denúncias, a polícia vem realizando diligências para apurar os fatos.
Segundo informações obtidas da unidade policial, a adolescente engravidou aos 13 anos de um homem de 68 anos, que atua como barqueiro na região. “Diante dessa situação, a jovem é considerada vítima de estupro de vulnerável”.
O vídeo foi publicado por Narjara Lima, que nas redes sociais somam mais de 70 mil seguidores. Ela foi interrogada pelas autoridades policiais e alegou que a prática de divulgar pacientes é comum na maternidade onde trabalha e que apenas registrou o momento por considerá-lo uma ocasião feliz de sua rotina.
A mulher também afirmou que obteve o consentimento da adolescente para gravar os vídeos, mas não solicitou autorização para publicá-los. Em depoimento, a adolescente afirmou que a profissional de saúde pediu autorização para gravar, mas não mencionou a intenção de divulgar nas redes sociais.
Ela ficou extremamente assustada com a viralização do conteúdo, já que o caso envolvia uma situação delicada e traumática. A publicação teve cerca de 4 milhões de visualizações, antes de ser apagada.
No vídeo, Narjara pergunta para a vítima se esse seria o seu primeiro filho e ela destaca que é o “primeiro e derradeiro”. Na ocasião, a profissional também questiona a idade da menina e se assusta com a resposta de que ela teria apenas 14 anos. “Tú é só um bebê”.
Após a repercussão negativa dos vídeos, a técnica de enfermagem procurou novamente a adolescente e prometeu-lhe um presente, o que levanta suspeitas sobre um possível consentimento forçado. A Polícia Civil está investigando essa nova abordagem da profissional de saúde.
O caso se tornou ainda mais preocupante ao ser identificado que a adolescente fez o pré-natal aos 13 anos, e as autoridades não foram comunicadas sobre essa situação, o que levanta a suspeita se houve omissão por parte dos profissionais envolvidos.
A Polícia Civil, por meio de uma denúncia anônima, tomou conhecimento do conteúdo exposto nas redes sociais, que teve mais de 87 mil compartilhamentos. Agora, as autoridades estão empenhadas em investigar o caso e garantir a proteção da adolescente vítima, bem como apurar eventuais responsabilidades dos envolvidos na exposição vexatória e omissão de informações às autoridades competentes.