Nesta segunda-feira, 17, a loja de departamentos H&M, de origem sueca e já presente no mercado europeu e dos Estados Unidos, anunciou que planeja se estabelecer no Brasil com lojas físicas e comércio digital a partir de 2025. A expansão da varejista foi tema da coluna do comentarista de business do Jornal da Manhã, Bruno Meyer: “Essa notícia é para embaralhar realmente o já congestionado varejo brasileiro, incluindo o de moda, que vê rivais estrangeiras, como a Shein, ganhar cada vez mais espaço no Brasil (…) A ideia é entrar inicialmente nas principais cidades do Sudeste e depois alcançar outras regiões brasileiras. O plano da empresa é expandir, na América Latina, a marque que é a segunda maior varejista do ramo de fast fashion no mundo, atrás apenas da espanhola Zara”. O modelo de fast fashion se trata de empresas que produzem peças em larga escala e com material de baixo custo.
“Por que o Brasil é interessante para esta varejista tão importante e conhecida? A empresa vê o Brasil com grande potencial. Em primeiro lugar, porque tem uma população aqui de mais de 200 milhões de habitantes. Ela fala também por conta da valorização recente do real e também está no comunicado oficial da empresa que viu um bom desempenho em países latinos”, analisou Meyer. A H&M já cogitou abrir uma loja na Avenida Paulista, em 2014, o que não ocorreu. A marca já tem lojas em outros países da América Latina como México, Peru, Uruguai, Chile, Colômbia, Equador, Guatemala, Panamá e Costa Rica.
De acordo com Meyer, as negociações para ingressar no mercado brasileiro já estão ocorrendo: “O mercado viu com bons olhos. Dois executivos das maiores redes de shopping centers do país, conversei com eles nesta segunda-feira, falaram que as conversas entre a H&M e representantes do varejo no Brasil já vem de muito tempo. Eles estão em negociação com as maiores administradoras de shoppings do Brasil (…) Para um desses executivos, uma empresa desse porte não vem para abrir uma ou duas lojas de rua, vem com algo muito bem estruturado e tendo grandes parceiros (…) É importante avisar aos suecos da H&M que eles vão encontrar um dos mais concorridos mercados de moda do mundo”.
Fonte: Jovem Pan News