Rio Branco é a quarta capital do país com a maior incidência de hepatites do tipo C

Dados do Ministério da Saúde, divulgados por meio de boletim epidemiológico, mostram que Rio Branco é a quarta capital do país com maior incidência de hepatites do tipo C.


Só em 2022, foram 24.036 casos confirmados. A maioria dos registros são de hepatite B e C, concentrados nas regiões Sul e Sudeste, enquanto a região Norte apresenta 73,1% dos casos de hepatite D (Delta). A campanha “Julho Amarelo” alerta para o perigo das hepatites virais. É o mês de conscientização para reforçar as ações de vigilância, prevenção e controle.


Conforme o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, a hepatite C foi a que teve maior incidência: 14.124 casos no ano passado. O ranking com as maiores taxas de detecção de hepatite C apresentou 11 capitais com taxas superiores à nacional (de 6,6 casos por 100 mil habitantes): Porto Alegre (47,2 casos por 100 mil habitantes), com a maior taxa entre as 27 capitais, seguida de São Paulo (26,8), Curitiba (18,7), Rio Branco (14,0), Porto Velho (13,5), Goiânia (10,7), Florianópolis (8,3), Salvador (7,8), Manaus (7,5), Boa Vista e Aracaju (7,4).


Para a hepatite A e a hepatite B existem vacinas disponíveis no SUS. A vacina para hepatite A é extremamente eficaz e da hepatite B é uma vacina que já está disponível há mais de 30 anos. Ela deve ser tomada em três doses. Para hepatite C, não existe vacina.


Prevenção e tratamento

Não existe tratamento específico para as formas agudas das hepatites virais. O prognóstico é considerado “muito bom para hepatite A e E”, segundo as autoridades de saúde, e a evolução resulta em recuperação completa. Para o presidente da Sociedade Brasileira de Hepatologia, Giovanni Faria Silva, o tratamento é fundamentalmente para evitar que o quadro evolua para uma cirrose hepática. “Uma vez tendo cirrose hepática, o paciente pode necessitar de transplante de fígado e tem uma pré-disposição, um risco elevado de surgir um câncer de fígado. Portanto, é importante que os pacientes que tenham uma infecção crônica sejam avaliados por um especialista para avaliar a gravidade da doença no momento do diagnóstico e de realizar o tratamento”, indica.


Um dos grande problemas das hepatites é ser assintomática. Pessoas que têm um aspecto saudável, que estão bem, que não estão sentindo nada, elas podem ter uma hepatite por diversas causas, inclusive as hepatites virais.


Compartilhar

Facebook
Twitter
WhatsApp
LinkedIn
192882c8aaa53f9b4e234a4553bdad21

Últimas Notícias