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Rede de água tratada da capital tem aumento de demanda entre 15% e 20% na estiagem

O período que regionalmente se convencionou chamar de “verão amazônico”, mais ou menos entre os meses de julho a setembro, é de grande preocupação para as autoridades ambientais do Acre e outros estados quanto às queimadas, calor extremo e a escassez hídrica, entre outros fenômenos.


Com relação à escassez hídrica, a principal representação no Acre, certamente, é o baixo nível que o Rio Acre costuma atingir nesta época do ano, pois, conforme o coordenador da Defesa Civil municipal de Rio Branco, Cláudio Falcão, o manancial funciona como um “termômetro da situação no estado”.


É o Rio Acre quem abastece a maior cidade do estado, a capital, Rio Branco, com 364.756, segundo o Censo 2022. Contudo, no atual momento da estiagem, a maior preocupação para o abastecimento da chamada “capital seringueira” não é o nível do rio, segundo o Serviço de Água e Esgoto de Rio Branco – SAERB.


Para o diretor-presidente da autarquia responsável pelo abastecimento de água na capital, Enoque Pereira de Lima, o maior problema é o aumento da demanda dos consumidores nesta época do ano, quando a rede de água tratada tem um aumento de demanda que varia entre 15% e 20%.


“O maior problema nesta época é que os usuários que usam poços no inverno (amazônico) passam a usar a rede do Saerb sobrecarregando o sistema. O incremento de novos usuários na rede pode ser calculado entre 15% e 20%. Quanto ao nível do rio, ainda não é a maior preocupação, pois a captação tem se mantido normal”, explicou Enoque.


Ainda de acordo com o diretor-presidente do Saerb, no ano passado não foi necessária a decretação de estado de emergência por conta da situação de seca do Rio Acre, quando o manancial atingiu o nível de 1,32 metros. No entanto, diante do cenário pessimista que se apresenta para este ano, esta é uma das medidas que poderão ser tomadas.


 


Refiz do Saerb

Neste ano, o município de Rio Branco lançou o “Refis do Saerb”, um programa de regularização de dívidas vencidas no âmbito do Serviço de Água e Esgoto de Rio Branco, instituído pelo Projeto de Lei Complementar, de autoria do Poder Executivo cujo objetivo é incentivar a regularização de dívidas de usuários por meio de parcelamento, estabelecendo os critérios para cobrança e condições de negociação.


De acordo com Enoque Pereira de Lima, a dívida de consumidores com o Saerb beira os R$ 50 milhões. Segundo ele, Rio Brando produz água tratada cerca de duas vezes a média nacional e o triplo do que a Organização das Nações Unidas (ONU) recomenda, mas a inadimplência relacionada ao serviço dificulta a quididade dessa prestação pelo alto custo de manutenção e investimentos.


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