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Pode usar Ozempic todos os dias? Confira os riscos e saiba o que dizem os especialistas

O uso de medicamentos com semaglutida, como o Ozempic, tem se tornado cada vez mais comuns entre pessoas que desejam emagrecer. No entanto, o remédio foi criado com recomendações específicas para o tratamento de diabetes. Com a fama da perda de peso, tem sido comprado em farmácia com a recomendação médica de terceiros ou até mesmo sem receita. Durante edição do programa JP Saúde, a doutora em endocrinologia Maria Fernanda Barca explicou que, apesar da capacidade de emagrecimento, a medicação requer cuidados e acompanhamento médico. “O uso tem que ser feito junto de uma dieta, com todo um programa de atividades físicas. As pessoas acham que é milagre, que só usar o medicamento vai fazer todo mundo baixar de peso, e não é assim. Tem muita gente aplicando todo dia porque a amiga falou. Tem que ser observado, a gente consegue ver o histórico”, explicou. Segundo a especialista, os efeitos colaterais podem ser diversos, como dores abdominais, diarréia, vômito, náusea e até pancreatite. O acompanhamento com especialistas é indicado justamente para a realização de exames laboratoriais que identifiquem possíveis históricos e empecilhos com a semaglutida. Apesar de ser adotado por famosos como Elon Musk e Jojo Todynho, a médica ressalta que o uso diário sem observação é irresponsável, uma vez que existem diferentes doses e recomendações que variam a depender do corpo, organismo e das necessidades de cada paciente.


A semaglutida foi gerada através da clonagem de um hormônio do organismo,  liberado por células do intestino. Posteriormente, foi observado que medicamentos como Ozempic e Wegovy têm a capacidade de saciar a fome, o que cresceu o uso indevido das substâncias. O médico endocrinologista Filippo Pedrinola observa que o fármaco pode piorar quadros de doenças e condições como gastrite, intestino preso e refluxo. Ele ainda ressaltou que o uso não garante o emagrecimento imediato e irreversível, uma vez que  ganho de peso pode estar relacionado à questões emocionais e hábitos de vida. “Alguns pacientes que usam, na individualidade biológica, sentem a diminuição de energia ou um quadro depressivo. Tem dois tipos de fome, a fome física e a fome emocional, aquela coisa da pessoa comer sem fome. A semaglutida dá a sensação de saciedade, mas muitas vezes acaba não tirando a fome emocional”, explicou ao JP Saúde. “A gente sabe que não existe remédio milagroso que conserte maus hábitos de vida. É mudança do estilo de vida, com exercícios e bom gerenciamento do estado emocional e estresse, ter um descanso bom, com uma boa qualidade de sono. Esse medicamento pode ajudar, mas sempre com prazo dessas outras orientações”, concluiu.


 


 


 


 


Fonte: Jovem Pan News


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