Lula cogita abrir mão de “cotas pessoais” para atender Centrão, diz entorno do presidente

Com a necessidade de fortalecimento de uma base consolidada no Congresso Nacional, o trabalho de aproximação de siglas robustas, como PP e Republicanos, está no foco do governo.


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já indicou para auxiliares e líderes partidários que aceita fazer modificações na Esplanada dos Ministérios para contemplar partidos.


Lula, no entanto, refuta a possibilidade de entregar pastas prioritárias para os partidos do Centrão. Em vez disso, o presidente tem discutido com auxiliares a possibilidade entregar postos que hoje estão sendo ocupados por pessoas de confiança, mas sem relação partidária.


Nesse movimento, uma das pastas que poderia entrar na negociação é a de Ciência e Tecnologia, hoje ocupada pela presidente do PCdoB, Luciana Santos.


A mudança levaria a líder do Partido Comunista para o ministério da Mulher, ocupado por Cida Goncalves, integrante do PT, mas ministra da “cota pessoal” do presidente.


Ministérios do Esporte e do Desenvolvimento Social

Ana Moser, do ministério do Esporte, é outra escolha pessoal do presidente Lula que pode perder o posto de ministra.


A pasta dela ganha mais força com a possibilidade de gestão da verba que pode ser arrecadada a partir da aprovação do projeto de lei que tenta regulamentar as apostas esportivas no Brasil.


A troca no Esporte contemplaria o deputado Silvio Costa Filho (Republicanos-PE).


Já Moser seria deslocada para a presidência do Comitê Olímpico do Brasil (COB), cargo eletivo, que ocuparia até a realização dos Jogos Olímpicos de Paris, em 2024.


Integrantes da Câmara dos Deputados ouvidos pela CNN, no entanto, avaliam que que a substituição de Moser perdeu força nas últimas semanas e saiu da lista de prioridades na reforma ministerial.


O PT, partido do presidente, tem se movimentado para evitar que a sigla fique com um número menor de representantes na Esplanada.


Para evitar o incômodo, Lula já sinalizou aos aliados que, em caso de mudança, integrantes do partido não seriam descartados, mas remanejados.


A possibilidade chegou ser cogitada para Wellington Dias (PT-PI), ministro do Desenvolvimento Social.


Lula, entretanto, descartou entregar o ministério responsável pelo Bolsa Família para algum partido do Centrão.


Nesta semana, o governo chancelou a substituição a substituição no Ministério do Turismo de Daniela Carneiro por Celso Sabino, dois nomes no União Brasil.


Novas alterações, segundo integrantes do Planalto, só devem acontecer em agosto, com o fim do recesso parlamentar e a retomada de votações importantes para o governo no Congresso.


 


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