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Existe “espaço considerável” para corte na taxa de juros, diz Fernando Haddad

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, avalia que o ciclo de cortes na taxa de juros vai começar e que o espaço que existe é “bastante considerável”.


Para Haddad, esse espaço para corte na taxa de juros se deve à inflação deste ano, que está afetada pela reoneração dos combustíveis.


“O próprio Banco Central (BC) reconheceu esse fator como algo que distorcia a inflação do ano passado, reduzida artificialmente e eleitoralmente para reverter o quadro desfavorável que o Bolsonaro enfrentava contra o Lula” disse neste sábado (29), em entrevista ao canal TV GGN, do jornalista Luis Nassif.


Perfil do Copom

Na visão do ministro, o Comitê de Política Monetária (Copom) está “pouco plural”, e o papel que o governo tem que cumprir neste momento, principalmente na nomeação de novos diretores, é justamente trazer pontos de vistas diferentes para o Copom.


Os diretores do Comitê têm informação, destaca o ministro. “Mas ter informação é uma coisa, a análise da informação é outra”, segundo Haddad.


O ministro ainda destacou que todos os diretores ao final do mandato de Bolsonaro foram indicados por ele, e ao final do Lula, todos terão sido indicados pelo atual presidente.


“O Bolsonaro se dizia o governo dos empresários porém não ouvia os empresários, sentamos com os industriais e eles dizem que não eram ouvidos, o varejo diz que não era ouvido, todos os problemas enfrentados por esse governo em relação ao varejo e a indústria foram acumulados no último período”, avalia.


Para o ministro, a reforma tributária foi o fator que surpreendeu a todos no cenário econômico.


“Ninguém acreditava que seria possível, e eu, não só acreditava como criei uma secretaria extraordinária para isso”, pontua.


Sobre o encaminhamento da reforma para o Senado, o ministro avalia que o caminho mais adequado é a Casa dar uma “limada” na PEC, para ficar mais enxuta.


“Se tiver que voltar para a Câmara, o texto vai voltar para encerrar o assunto e dar o maior passo econômico que o Brasil poderia dar”.


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