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Ex-diretora diz que se demitiu da OceanGate após oferta para cargo de piloto do Titan

Uma ex-diretora financeira da OceanGate – empresa responsável pelo submarino Titan, que implodiu no mês passado, matando os cinco passageiros a bordo – disse, em entrevista para The New Yorker, que pediu demissão depois que o CEO Stockton Rush ofereceu o cargo de piloto-chefe do submarino a ela.


Rush, uma das vítimas na tragédia do submarino, teria oferecido a vaga para a mulher, que preferiu não se identificar, logo após demitir o piloto originalmente contratado para isso, David Lochridge, depois que ele levantou preocupações sobre a segurança da embarcação.


A empresa rescindiu o contrato de trabalho e processou Lochridge e sua esposa em 2018, alegando que ele compartilhou informações confidenciais, se apropriou indevidamente de segredos comerciais e usou a empresa para assistência imigratória e, em seguida, inventou um motivo para ser demitido. Lochridge alega que foi demitido injustamente por levantar preocupações sobre a segurança e os testes do Titan.


A ex-diretora disse que ficou preocupada quando Rush ofereceu a ela a vaga de piloto. “Fiquei assustada que ele quisesse que eu fosse piloto-chefe, já que minha formação é em contabilidade”, disse para The New Yorker.


Investigação segue conforme dúvidas sobre a segurança do Titan aumentam

investigação internacional sobre a implosão fatal do submersível Titan foi ampliada no final do mês passado, com a Polícia Real Montada do Canadá (RCMP, em inglês) dizendo que está investigando se “as leis criminais, federais ou provinciais podem ter sido violadas”.


Depois da confirmação da implosão do submarino, a OceanGate Expeditions passou a receber questionamentos sobre seus procedimentos de segurança e relatórios sobre problemas mecânicos, expedições canceladas e um suposto desrespeito aos processos regulatórios começaram a vir à tona.


O anúncio ocorre em meio a crescentes dúvidas sobre o design do Titan, incluindo o relato de um especialista em submersíveis que disse ter alertado o CEO da embarcação sobre questões de segurança após uma viagem anos atrás.



Quando Karl Stanley estava a bordo do Titan para uma excursão submarina na costa das Bahamas em abril de 2019, ele sentiu que havia algo errado com o navio quando ruídos altos foram ouvidos.


No dia seguinte à sua viagem, Stanley enviou um e-mail para Stockton Rush, CEO da operadora da embarcação, OceanGate Expeditions, alertando sobre suspeitas de defeitos.


“O que ouvimos, na minha opinião… soou como uma falha/defeito em uma área sendo afetada pelas tremendas pressões e sendo esmagada/danificada”, escreveu Stanley no e-mail, cuja cópia foi obtida pela CNN.


“Pela intensidade dos sons, o fato de nunca terem parado totalmente em profundidade e o fato de haver sons a cerca de 90 metros que indicavam um relaxamento da energia armazenada/indicaria que há uma área do casco que está quebrando/ficando esponjosa”, continuou Stanley.


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