O dólar fechou a sessão desta segunda-feira (17) em alta, após a China reportar um Produto Interno Bruto (PIB) abaixo do esperado no segundo trimestre deste ano. Investidores ainda acompanharam o início da temporada de balanços corporativos nos Estados Unidos e seguiram atentos a eventuais sinais sobre a política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central estadunidense).
Ao final da sessão, a moeda norte-americana avançou 0,24%, cotada a R$ 4,8064. Veja mais cotações.
Na última sexta-feira (14), o dólar fechou em alta de 0,11%, vendido a R$ 4,7950. Com o resultado de hoje, a moeda passou a acumular:
alta de 0,38% no mês;
queda de 8,93% no ano.
O que está mexendo com os mercados?
O dia foi de poucos indicadores econômicos ao redor do mundo, mas um deles chamou a atenção e gerou mau humor nos mercados: o PIB da China. A economia do país cresceu 6,3% no 2° trimestre, na comparação anual, segundo dados do governo divulgados nesta segunda.
O resultado, apesar de alto, está abaixo dos 7% projetados pelos especialistas. Há expectativas de que a segunda maior economia do mundo viva um período de desaceleração, com uma fraca demanda de consumo e de exportações chinesas.
Um PIB chinês mais fraco que o esperado afeta os negócios em todo o mundo porque o país é um dos principais demandantes de diversos produtos, principalmente commodities. Assim, com uma perspectiva de redução nas importações, petróleo e minério de ferro viveram um dia de desvalorização, assim como diversos outros ativos.
Ainda no exterior, agentes do mercado financeiro seguem na expectativa pela próxima reunião de política monetária do Fed, que deve acontecer no final deste mês, e monitoram o início da temporada de balanços corporativos nos Estados Unidos.
De acordo com Luan Aral, especialista em câmbio e consultor em renda variável na Genial Investimentos, os resultados das empresas norte-americanas são importantes em nível global, uma vez que trazem uma perspectiva de como anda a maior economia do mundo.
Segundo o executivo, os balanços mais importantes desta semana são os do Bank of America, Morgan Stanley e Goldman Sachs, maiores bancos do mundo, além de Netflix e Tesla, que são representantes do setor de tecnologia e vistas como “empresas de crescimento” — ou seja, os investidores enxergam que sua geração de valor se dará, sobretudo, no longo prazo.