O ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), defendeu a operação de busca e apreensão cumprida pela Polícia Federal em endereços ligados ao empresário acusado de agredir o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
“A medida se justifica pelos indícios de crimes já perpetrados. Tais indícios são adensados pela multiplicidade de versões ofertadas pelos investigados. Sobre a proporcionalidade da medida, sublinho que passou da hora de naturalizar absurdos”, publicou Dino no Twitter.
“E não se cuida de “fishing expedition”, pois não há procura especulativa, e sim fatos objetivamente delineados, que estão em legítima investigação”, acrescentou, dizendo que as ordens judiciais foram baseadas no artigo 240 do Código Penal.
Polícia Federal pediu Busca e Apreensão, no âmbito de investigação por agressões contra o ministro Alexandre de Moraes e sua família, baseada no artigo 240 do Código de Processo Penal. A medida se justifica pelos indícios de crimes já perpetrados. Tais indícios são adensados pela…
— Flávio Dino 🇧🇷 (@FlavioDino) July 19, 2023
Na tarde desta terça-feira (18), a PF cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao empresário Roberto Mantovani Filho, em Santa Bárbara D’Oeste, no interior de São Paulo.
Mantovani e seus familiares são acusados de agredir o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
“As ordens judiciais estão sendo cumpridas no âmbito de investigação que apura os crimes de injúria, perseguição e desacato praticados contra ministro do STF, na última sexta-feira (14/7), no Aeroporto Internacional de Roma, capital italiana”, afirmou a nota da PF.
Entenda o caso
Moraes e sua família foram hostilizados por um grupo de brasileiros no aeroporto internacional de Roma, na Itália, na sexta-feira (14), de acordo com informações da Polícia Federal (PF).
O filho do magistrado teria sido agredido fisicamente. Agora, a PF ouve suspeitos e tenta acesso às imagens do aeroporto para investigar o que aconteceu.
O ministro esteve na Itália para ministrar uma palestra no Fórum Internacional de Direito, na Universidade de Siena, na última semana. Os insultos teriam começado por volta das 18h45, no horário local, ainda de acordo com a corporação.