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Juros custaram R$ 69 bilhões ao setor público em maio, diz BC

O custo dos juros para o setor público atingiu R$ 69,053 bilhões em maio, após esta rubrica ter encerrado abril com um gasto de R$ 45,753 bilhões. Os dados, que englobam as contas do governo federal, estados e municípios e empresas estatais — exceto Petrobras, Eletrobras e bancos — fazem parte das estatísticas fiscais, divulgadas nesta sexta-feira (30) pelo Banco Central (BC).


No ano, a despesa com juros atingiu R$ 296,596 bilhões, ou 6,87% do Produto Interno Bruto (PIB), enquanto em 12 meses é de R$ 695,572 bilhões, o que representa 6,77% do PIB.


Segundo o BC, o governo central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) teve no quinto mês de 2023 despesas na conta de juros de R$ 59,741 bilhões. Os governos regionais registraram gastos de R$ 8,775 bilhões e as empresas estatais, despesas de R$ 537 milhões.


Dívida em alta

A dívida líquida do setor público chegou a 57,8% do PIB, ou R$ 5,9 trilhões, em maio, alta de 0,8 ponto do PIB no mês.


A elevação refletiu os impactos dos juros nominais apropriados, com aumento de 0,7 ponto, do déficit primário, com aumento de 0,5 ponto, da desvalorização cambial de 1,9% no mês, redução de 0,2 ponto, e do efeito da variação do PIB nominal, redução de 0,3 ponto.


No ano, o aumento de 0,7 ponto na relação entre dívida e PIB decorreu dos juros nominais apropriados, com aumento de 2,9 pontos, do efeito da valorização cambial acumulada de 2,3%, aumento de 0,3 ponto, do crescimento do PIB nominal (redução de 2 pontos), do superávit primário (redução de 0,3 ponto), e do ajuste de paridade da cesta de moedas que integram a dívida externa líquida (redução de 0,3 ponto).


A dívida bruta — que compreende governo federal, INSS e governos estaduais e municipais — atingiu 73,6% do PIB, ou R$ 7,6 trilhões, com elevação de 0,7 ponto em relação ao mês anterior.


Essa evolução no mês decorreu de juros nominais apropriados (aumento de 0,7 ponto), das emissões líquidas de dívida (aumento de 0,3 ponto), e do efeito da variação do PIB nominal (redução de 0,4 ponto).


No ano, o crescimento de 0,8 ponto na relação DBGG/PIB resultou, em especial, dos juros nominais apropriados (aumento de 3,4 ponto), e do efeito da variação do PIB nominal (redução de 2,5 pontos).


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