O dólar não conseguiu sustentar o sinal positivo visto pela manhã e encerrou esta quarta-feira (21) em queda, em mais um dia marcado pela expectativa sobre a decisão de juros do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC).
Investidores e analistas esperam que o Copom mantenha a Selic, taxa básica de juros, inalterada em 13,75% ao ano, nível em que está desde agosto do ano passado.
A moeda norte-americana fechou em baixa de 0,57%, aos R$ 4,7679. Veja mais cotações.
No dia anterior, o dólar subiu 0,42% e fechou vendido a R$ 4,7953. Com o resultado de hoje, a moeda passou a acumular quedas de:
1,05% na semana;
6,02% no mês;
9,66% no ano.
No mercado acionário, o Ibovespa subiu 0,67% e fechou aos 120.421 pontos, no maior nível desde abril de 2022.
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Embora uma manutenção da taxa Selic em 13,75% ao ano seja amplamente esperada e já esteja precificada pelo mercado, o principal foco de atenção dos investidores será o comunicado do Copom, que é divulgado logo após o fim da reunião.
No documento, o Comitê oferece uma perspectiva ao mercado de quais serão seus próximos passos em relação aos rumos da política monetária no país.
As projeções da grande maioria dos bancos e outras instituições financeiras apontam para os juros começando a cair em agosto.
Segundo a última edição do Boletim Focus, relatório do BC que traz uma mediana das expectativas de economistas para indicadores econômicos brasileiros, a taxa Selic deve encerrar o ano em 12,25% ao ano – ou 1,50% a menos do patamar atual.
No exterior, o dia contou com poucos destaques na agenda econômica. O principal deles ficou com o discurso de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) na Câmara dos Deputados dos Estados Unidos.
Segundo o banqueiro central, novos aumentos de juros são “um bom palpite” sobre para onde o Fed caminha caso a economia norte-americana continue na atual direção.
Durante o discurso, Powell ainda afirmou que não caracterizaria a decisão do Fed na semana passada, na qual manteve os juros inalterados, como uma “pausa”. Ele ainda afirmou que a maioria das autoridades vê mais dois aumentos de 0,25 ponto percentual (p.p.) como prováveis até o final do ano.