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À CNN, jornalista americano lembra quando ficou preso nos destroços do Titanic em 2000

desaparecimento do Titan, o submarino que desceu às profundezas do Atlântico Norte no último domingo (18), não é o único fato traumático envolvendo veículos que desceram em busca dos destroços do Titanic. Em 2000, um jornalista norte-americano foi ao local em um submersível, que ficou preso na hélice do navio por cerca de meia hora.


“De repente, senti todo o peso do mar sobre mim”, afirmou à CNN Michael Guillen, ex-correspondente da emissora norte-americana ABC. “Eu sei exatamente como eles (os cinco ocupantes do Titan) se sentiram naquele momento”.


Guillen foi convidado para acompanhar, para a ABC News, a visita de um submersível aos destroços do Titanic. Ele foi acompanhado de um amigo mergulhador e de um piloto russo, que comandou a operação.


O jornalista confessou ter se assustado ao receber o convite. “Meu primeiro impulso foi pensar: ‘oh, Deus, não. Eu não quero fazer isso’. Mas eu tinha de fazer meu trabalho”.


Ele conta que tudo correu bem até checar à popa do navio, quando uma corrente empurrou o submersível para a hélice. “Foi um momento de confusão: ‘o que está acontecendo’. Depois, percebi que estávamos presos, 2.500 milhas (cerca de 3.800 quilômetros abaixo da superfície”.


Guillen falou da sensação curiosa de estar vivo “embaixo de toda aquela água” e dos sentimentos que vieram em seguida: primeiro a de preocupação em descobrir como sair dali.


“Depois, pensei: ‘é isso, não tem jeito de sair. Vou ficar aqui no fundo do Atlântico Norte’ e senti grande tristeza”. O drama durou cerca de 30 minutos, segundo Guillen, até que o piloto conseguiu salvar o submersível.


Oxigênio no submersível no fim

O prazo estimado pelas autoridades dos Estados Unidos para a duração do oxigênio no Titan se esgotou na manhã desta quinta-feira (22). Na tarde da última terça-feira (20), em entrevista coletiva, o capitão do Primeiro Distrito da Guarda Costeira Jamie Frederick afirmou que o Titan ainda tinha 40 horas de oxigênio, tempo que esgotou nesta manhã.


As buscas, no entanto, ainda seguem para as cinco pessoas da embarcação: o empresário e aventureiro britânico Hamish Harding, o mergulhador francês Paul-Henri Nargeolet, o empresário paquistanês Shahzada Dawood e seu filho Sulaiman Dawood, além do CEO e fundador da OceanGate, empresa proprietária do submersível, Stockton Rush.


A expedição começou com uma jornada de 740 quilômetros até o local do naufrágio. O submersível começou sua descida no domingo de manhã, mas perdeu contato com a tripulação do Polar Prince, o navio de apoio que transportou a embarcação até o local, 1 hora e 45 minutos após a descida, segundo autoridades.


As Guardas Costeiras dos Estados Unidos e Canadá iniciaram uma verdadeira operação de guerra para resgatar o Titan, até 10 navios e aeronaves foram mobilizadas para as buscas, primeiro na superfície do mar, depois nas profundezas.


Foram disponibilizados sonares, ROVs (drones aquáticos) e equipamentos de altíssima tecnologia para cumprir a missão. Por volta de 13h (de Brasília) a Guarda Costeira dos Estados Unidos informou que encontrou destroços dentro da área de busca e que especialistas avaliando as informações.


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