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Marina Silva sobre frente ampla: ‘Lula está manejando uma série de contradições’

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou nesta quinta-feira (25), em entrevista ao Estúdio i, que o presidente Lula (PT) “está manejando uma série de contradições”. Segundo Marina, o atual governo do petista é diferente dos anteriores por causa da frente ampla que foi formada.


“A gente tem que entender que, diferentemente do outro governo, esse é um governo de frente ampla. Quando eu fui ministra na primeira e segunda vez, eu era de um quadro que teve a filiação ainda muito jovem no PT, então eu era parte da história da trajetória e discutir as questões com o presidente e outros parceiros do partido tinha uma lógica. Agora, a lógica é outra, pois estou em outro partido e estou em composição de frente ampla”, conta Marina, filiada à Rede Sustentabilidade.


Marina reforçou que está dialogando com a frente ampla do governo e que acredita na capacidade de articulação de Lula. Sobre os desafios dentro do próprio PT para estabelecer políticas do meio ambiente, a ministra ressaltou que é normal um partido ter “suas nuances”.


“Estamos em uma situação em que a democracia é ameaçada, assim como as políticas de meio ambiente, direitos humanos”, diz a ministra. “A melhor coisa que a gente faz é resistir, implementando o programa que o presidente Lula apresentou nas urnas”.


Derrotas no Congresso

 


Mais cedo, durante a cerimônia de posse do novo presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Mauro Pires, Marina disse que o Brasil vive um momento difícil na área do meio ambiente. A fala veio após derrotas de temas relacionados no Congresso.


Nesta quarta-feira (24), a Comissão Mista que analisou a MP da reestruturação dos ministérios do governo Lula aprovou parecer que retira o Cadastro Ambiental Rural (CAR), um registro público obrigatório para todos os imóveis rurais, da competência do Ministério do Meio Ambiente.


A estrutura, se o texto for aprovado pelos plenários da Câmara e do Senado, irá para o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, chefiado por Esther Dweck.


O cadastro é usado para mapear a grilagem de terras e fazer o controle de áreas desmatadas.


Ainda conforme o parecer da comissão mista, a gestão da demarcação de terras indígenas pode sair do Ministério dos Povos Indígenas e voltar para o Ministério da Justiça, contrariando a ministra Sônia Guajajara.


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