A Justiça tornou réus 16 pessoas envolvidas na manipulação de resultados de 13 partidas de futebol, sendo oito do Campeonato Brasileiro da Série A de 2022, um da Série B de 2022 e quatro de campeonatos estaduais realizados em 2023. No documento oferecido pelo Ministério Público (MP), o órgão relata 23 fatos criminosos ocorridos durante as partidas, nas quais jogadores se comprometeram a cometer faltas para receber cartões e a cometer pênaltis.
O g1 tentou localizar a defesa dos denunciados, mas não conseguiu localizá-las a defesa deles até a última atualização desta reportagem.
A quadrilha visava apostar nos resultados e eventos induzidos e, desta forma, obter elevados ganhos. A denúncia traz, em mais de 100 páginas, prints de conversas e transcrições de áudios entre os denunciados.
“Trata-se de atuação especializada visando ao aliciamento e cooptação de atletas profissionais para, mediante contraprestação financeira, assegurar a prática de determinados eventos em partidas oficiais de futebol e, com isso, garantir o êxito em elevadas apostas esportivas feitas pelo grupo criminoso em casas do ramo. O grupo se vale, ainda, de inúmeras contas de terceiros para aumentar seus lucros, ocultar reais beneficiários e registrar a atuação de intermediários para identificar, fornecer e realizar contatos com jogadores dispostos a praticar as corrupções”, diz trecho do documento.
Parte dos jogos e dos elementos da denúncia foram acrescentados na investigação durante a fase de análise de provas colhidas e de depoimentos dos denunciados e de testemunhas. Eles são referentes às partidas entre Juventude x Fortaleza e Ceará x Cuiabá.
Ao todo, tornaram-se réus: Bruno Lopez de Moura (vulgo BL), Ícaro Fernando Calixto dos Santos, Luís Felipe Rodrigues de Castro (vulgo LF), Victor Yamasaki Fernandes (vulgo Vitinho), Zildo Peixoto Neto, Thiago Chambó Andrade, Romário Hugo dos Santos (vulgo Romarinho), William de Oliveira Souza (vulgo Mclaren), Eduardo Gabriel dos Santos Bauermann, Gabriel Ferreira Neris (vulgo Gabriel Tota), Victor Ramos Ferreira, Igor Aquino da Silva (vulgo Igor Cárius), Jonathan Doin (vulgo Paulo Miranda), Pedro Gama dos Santos Júnior, Fernando José da Cunha Neto e Matheus Phillipe Coutinho Gomes.
Confira, em ordem cronológica, a lista das partidas nas quais o grupo atuou visando aplicar fraudes:
Palmeiras X Juventude (10.09.2022)
Juventude X Fortaleza (17.09.2022)
Goiás X Juventude (05.11.2022)
Ceará X Cuiabá (16.10.2022)
Sport X Operário (PR) (28.10.2022)
Red Bull Bragantino X América (MG) (05.11.2022)
Santos X Avaí (05.11.2022)
Botafogo X Santos (10.11.2022)
Palmeiras X Cuiabá (06.11.2022)
Red Bull Bragantino X Portuguesa (SP) (21.1.2023)
Guarani X Portuguesa (SP) (08.02.2023)
Bento Gonçalves X Novo Hamburgo (11.02.2023)
Caxias X São Luiz (RS) (12.02.2023)
Algumas partidas seguem em investigação em outro procedimento criminal, Luverdense x Operário de Várzea Grande (MT) e Goiás x Goiânia estão entre elas.
Dano moral coletivo
O MP requereu ainda que seja fixado o valor mínimo de R$ 2 milhões para reparar os danos morais coletivos causados pelos denunciados. O valor deverá ser atribuído a todos os réus, considerando-se os fatos elementos já colhidos ao longo da investigação, bem como aqueles que serão trazidos durante a instrução processual.
O parâmetro utilizado para a definição do valor refere-se a uma das expectativas de lucro do grupo criminoso com a utilização de dezenas de contas que foram empregadas nas apostas manipuladas descritas na denúncia.
Parte dos jogos e dos elementos da denúncia foram acrescentados na investigação durante a fase de análise de provas colhidas e de depoimentos dos denunciados e de testemunhas. Eles são referentes às partidas entre Juventude x Fortaleza e Ceará x Cuiabá.
Ao todo, tornaram-se réus: Bruno Lopez de Moura (vulgo BL), Ícaro Fernando Calixto dos Santos, Luís Felipe Rodrigues de Castro (vulgo LF), Victor Yamasaki Fernandes (vulgo Vitinho), Zildo Peixoto Neto, Thiago Chambó Andrade, Romário Hugo dos Santos (vulgo Romarinho), William de Oliveira Souza (vulgo Mclaren), Eduardo Gabriel dos Santos Bauermann, Gabriel Ferreira Neris (vulgo Gabriel Tota), Victor Ramos Ferreira, Igor Aquino da Silva (vulgo Igor Cárius), Jonathan Doin (vulgo Paulo Miranda), Pedro Gama dos Santos Júnior, Fernando José da Cunha Neto e Matheus Phillipe Coutinho Gomes.
Confira, em ordem cronológica, a lista das partidas nas quais o grupo atuou visando aplicar fraudes:
Dano moral coletivo
O MP requereu ainda que seja fixado o valor mínimo de R$ 2 milhões para reparar os danos morais coletivos causados pelos denunciados. O valor deverá ser atribuído a todos os réus, considerando-se os fatos elementos já colhidos ao longo da investigação, bem como aqueles que serão trazidos durante a instrução processual.
O parâmetro utilizado para a definição do valor refere-se a uma das expectativas de lucro do grupo criminoso com a utilização de dezenas de contas que foram empregadas nas apostas manipuladas descritas na denúncia.