Ibovespa sobe mais 2% e dólar cai após falas de Haddad e dados de emprego nos EUA

Ibovespa abriu o dia em alta nesta sexta-feira (5), favorecido pelo avanço de bolsas internacionais e alta nos preços do petróleo. Às 13h42, o índice subia 2,27%, a 104.491,61 pontos. O dólar, por sua vez, caía 0,98%, negociado a R$ 4,944 na venda.


O dólar à vista fechou a quinta-feira (4) cotado a R$ 4,9923 na venda, em baixa de 0,01%.


No Brasil, investidores digeriam falas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ele disse nesta sexta-feira em entrevista à CBN que acredita que a recalibragem da taxa Selic para um patamar mais baixo já poderia ter iniciado e que ponderar as decisões do Banco Central não é algo “político”.


Em meio a especulações sobre possível indicação do secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, a cargo na diretoria do Banco Central, Haddad afirmou que o governo não antecipa esse tipo de decisão, acrescentando que os nomes serão anunciados quando a escolha estiver “madura”.


Investidores também repercutiam nova batelada de balanços corporativos, entre eles o do Bradesco, que apresentou lucro acima do esperado, enquanto espera um segundo trimestre pressionado pela linha de provisões para perdas com crédito, mas aguarda melhora no segundo semestre.


No cenário internacional, o destaque do dia era a notícia de que os empregadores dos Estados Unidos ampliaram as contratações em abril e aumentaram os salários dos trabalhadores, apontando para uma força sustentada do mercado de trabalho que pode levar o Federal Reserve a manter a taxa de juros mais alta por algum tempo.


O relatório “reforça a preocupação com mercado de trabalho apertado — não há espaço para os cortes (de juros)… precificados na curva futura”, disse Arthur Mota, da equipe de estratégia macro do BTG Pactual.


Juros mais altos nos EUA tendem a beneficiar o dólar, uma vez que elevam os rendimentos do mercado de renda fixa norte-americano. Por outro lado, investidores pareciam encontrar alento na aparente força da maior economia do mundo, que afasta temores de recessão.


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