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“Fantasma” chefe do tráfico do PCC é preso suspeito de encomendar execução de policial

Um dos principais chefes do Primeiro Comando da Capital (PCC), responsável por coordenar o tráfico de drogas na região do Alto Tietê, na Grande São Paulo, foi preso no início da madrugada desta sexta-feira (5/5), no bairro Penha de França, zona leste da capital paulista.


Gilson Alves da Silva, de 39 anos, também conhecido como “Galego” ou “Fantasma” (pelo fato de poucos o conhecerem pessoalmente) é investigado pelo desaparecimento e assassinato de um policial civil e pelos homicídios de dois ex-policiais militares. O criminoso também é suspeito de ser o mandante de outras duas execuções, em dezembro do ano passado.


As investigações do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) começaram após o desaparecimento do escrivão do 53º DP (Parque do Carmo) Thiago Devides Marcondes, de 41 anos, em 17 de fevereiro deste ano.


Ele se encontrou na ocasião, em um posto de combustíveis, com o cabo da PM Gilberto Antunes Xavier, de 46 anos. Desde então, o escrivão não foi mais encontrado.


Fontes do DHPP que acompanham o caso, ouvidas em sigilo pelo Metrópoles, afirmaram que apesar de o corpo do policial civil não ter sido encontrado, “todos os indícios” indicam que ele foi assassinado.


As investigações apontam também que o corpo dele estaria enterrado em uma área rural de Mogi das Cruzes, na região metropolitana de São Paulo.


Duplo assassinato e tortura

Os ex-PMs Fábio Datilo, de 44 anos, e Marcelo Silva Datilo, 36, eram primos do escrivão de polícia desaparecido.


Ambos iniciaram uma investigação pessoal para tentar descobrir o paradeiro de Thiago e também acabaram desaparecendo, em 18 de abril, quando foram vistos pela última vez em Suzano, na Grande São Paulo.


Os corpos dos dois foram encontrados com marcas de tortura, no dia seguinte, em um lixão, a cerca de sete quilômetros de distância, na cidade de Itaquaquecetuba.


Prisão de PM

O cabo da PM Gilberto Antunes Xavier, de 46 anos, foi preso no Parque Novo Mundo, zona norte paulistana, no último dia 25. Ele foi detido em cumprimento a um mandado de prisão temporária, expedido pela Justiça a pedido do DHPP.


Como o PM deu carona para Thiago, no dia do desaparecimento, a Polícia Civil apura se o cabo levou a vítima até o local onde possivelmente foi morta, após um julgamento do “tribunal do crime”, ou se também participou da execução.


Quando o escrivão desapareceu, a família do cabo da PM também registrou um boletim de ocorrência de desaparecimento. Isso, porém, não impediu a Polícia Civil de pedir a prisão dele, com base em provas obtidas durante a investigação.


A defesa do policial militar não foi localizada. A corporação foi questionada sobre a prisão dele, mas não havia se manifestado até a publicação desta reportagem.


O DHPP também investiga o que poderia ter motivado a “encomenda” das mortes, tanto do escrivão da Polícia Civil quanto dos dois ex-PMs.


 


 


 


 


Fonte: Metrópoles


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