O primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, confirmou que o país vai contribuir com o Fundo Amazônia, logo no início da reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em Londres.
O primeiro-ministro britânico e o presidente brasileiro se encontraram às 12h para uma reunião bilateral no número 10 da Downing Street, a sede do governo britânico.
“Tenho o prazer de anunciar que vamos investir no Fundo Amazônia”, disse Sunak a Lula, que agradeceu a medida. O primeiro-ministro também falou sobre o intuito de incrementar o fluxo comercial entre os dois países e combater as mudanças climáticas.
Nas redes sociais, o premiê disse que o país deve contribuir com 80 milhões de libras (cerca de meio bilhão de reais) para o Fundo.
Lula está no Reino Unido para comparecer à coroação do rei Charles III, mas destacou a importância do encontro com Sunak durante sua visita. O presidente brasileiro disse ter viajado na tentativa de restabelecer relações normais entre os dois países. “Nossa relação ainda pode melhorar, ainda é pouco”, disse Lula.
Ele também frisou que o Brasil quer participar de todas as discussões sobre a crise climática e que os países em desenvolvimento precisam de apoio com recursos para o crescimento da economia.
Logo após a reunião, o presidente participará de uma recepção oferecida pela Família Real no Palácio de Buckingham.
Fundo Amazônia
O Fundo Amazônia foi proposto pelo governo brasileiro durante a COP-12, a Conferência Mundial do Clima, em 2006, sendo criado efetivamente em 1° de agosto de 2008, durante o segundo mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O programa busca a contribuição voluntária, ou seja, doações para prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento, assim como conservação e uso sustentável da Amazônia Legal.
Entre as atribuições do Fundo Amazônia, estão:
Gestão de florestas públicas e áreas protegidas;
Controle, monitoramento e fiscalização ambiental;
Manejo florestal sustentável;
Atividades econômicas desenvolvidas a partir do uso sustentável da vegetação;
Zoneamento ecológico e econômico, ordenamento territorial e regularização fundiária;
Conservação e uso sustentável da biodiversidade;
Recuperação de áreas desmatadas.