Mais de 2 anos após o lançamento, apenas 28% das cédulas de R$ 200 produzidas foram colocadas em circulação pelo Banco Central. São 124,8 milhões de cédulas, que somam R$ 24,96 bilhões.
É menos, por exemplo do que as 148,65 milhões de cédulas de R$ 1 que continuam em circulação. Isso apesar de as de R$ 1 não serem mais produzidas desde 2005.
Segundo o Banco Central, “o ritmo de utilização da cédula de 200 reais vem evoluindo em linha com o esperado, e deverá seguir em emissão ao longo dos próximos exercícios.”
Os quase R$ 25 bilhões em cédulas de R$ 200 correspondem a 7,86% de todo o valor em espécie que circula no país, de R$ 317,34 bilhões.
Pandemia e Auxílio Emergencial
Ao todo, foram produzidas 450 milhões de cédulas de R$ 200, a um custo de R$ 146,25 milhões. O lançamento foi feito durante a pandemia de Covid-19, em 2020. À época, o Banco Central justificou a decisão afirmando que:
os brasileiros estavam guardando mais dinheiro em casa por causa da crise provocada pela pandemia;
aumentaram os saques para reservas no período de crise econômica;
beneficiários que receberam em espécie o benefício Auxílio Emergencial não devolveram o dinheiro à rede bancária como previsto.
Desde então, não houve mais produção, e as cédulas ainda não colocadas em circulação seguem guardadas pelo Banco Central. “Qualquer nova denominação de cédula entra em circulação de forma gradual e de acordo com a necessidade”, afirma o órgão.
Alvo de falsificações
Apesar da baixa circulação, as cédulas de R$ 200 têm sido alvo de falsificadores. Até abril deste ano, foram apreendidas 13.609 cédulas falsificadas de R$ 200, somando R$ 2,721 milhões.
Em 2022, a cédula de R$ 200 foi a terceira mais apreendida (61.200), perdendo para notas de R$ 100 (116.444) e de R$ 50 (115.449).